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Tecnologia
Terça - 20 de Janeiro de 2009 às 14:30
Por: Marina Lang

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Tim Berners-Lee, criador do sistema "www" (World Wide Web), considera "frustrante" a web 2.0, termo utilizado para descrever o movimento que enfatiza o conteúdo colaborativo gerado entre internautas em sites e redes sociais. Em visita ao Brasil, Berners-Lee defendeu a evolução para uma web 3.0, que promete ser uma "revolução semântica" na rede.

"O usuário precisa ter mais controle na internet. A web 2.0 é frustrante porque não é possível usar a vasta quantidade de informações do sistema", afirmou, durante participação na Campus Party, evento de tecnologia que acontece em São Paulo. "Há coisas fascinantes na internet. Ela deve servir como melhoria de vida à humanidade em termos de conhecimento."

Berners-Lee diz que a web 3.0, mais interpretativa, possibilita o direcionamento de informações para contatos específicos, por exemplo.

"Quando vejo a humanidade em rede, penso que determinadas informações têm de ser públicas, mas deve haver o poder do usuário para distribuição ou não das suas informações. Talvez isso mude no futuro", afirmou.

Basicamente, a diferença web 2.0 e sua sucessora é a arquitetura de desenvolvimento. Na web 2.0, todos podem ser editores, a partir da criação da sua própria mídia pessoal. Mas, segundo ele, não existe uma filtragem útil e inteligente do grande volume de conteúdo gerado.

Daí surge a ideia de internet "semântica", uma "terceira onda" que possibilita a organização e o uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento já disponível na internet.

Sem monitoramento

Quanto à regulação do uso da internet para combate a crimes, Berners-Lee afirma que a internet deve ter "neutralidade". "Não conheço a legislação brasileira, mas além de bons servidores, sou a favor de que não se monitore, que a web seja um ambiente neutro". Outro ponto defendido por ele é a ampliação de ambientes acadêmicos na internet. "O website deve ser analisado academicamente, tanto pelos aspectos técnicos quanto pelos sociais".

Questionado sobre o que eliminaria na internet, ele foi taxativo: "As duas barras que acompanham o 'http'. Ganharia tempo. Mas o sistema de internet teria que ser redesenhado".





Fonte: Folha Online

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