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Internacional
Terça - 20 de Janeiro de 2009 às 14:02

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Uma pesquisa encomendada pelo Serviço Mundial da BBC com mais de 17 mil pessoas em 17 países mostra que a maior parte delas está otimista com relação ao governo do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que toma posse nesta terça-feira.

Em média, 67% dos entrevistados afirmaram que o governo Obama irá melhorar a relação dos Estados Unidos com o resto do mundo, enquanto 19% opinaram que a situação continuará a mesma e apenas 5% afirmaram que a situação irá piorar.

Esta visão positiva em relação ao novo presidente dos EUA foi expressa pela maioria dos entrevistados em 15 dos 17 países pesquisados.

Os dois únicos países onde a maioria não expressou esta visão foram a Rússia e o Japão.

No Japão, 48% dos entrevistados disseram que as relações dos EUA com o resto do mundo irão melhorar no governo Obama. Já 37% declararam que a situação continuará como está e 8% afirmaram que ela vai piorar.

Na Rússia, 47% se disseram otimistas, contra 26% que disseram que a situação ficará igual e 5% que afirmaram que ela irá ficar pior.

Crescimento

O resultado mostra um crescimento do otimismo em relação a Obama nos países pesquisados.

Em outro estudo, feito há seis meses – antes que Obama fosse eleito –, apenas 47% dos entrevistados destes mesmos países disseram acreditar que um governo de Barack Obama melhoraria as relações dos EUA com o resto do mundo.

O maior crescimento da visão positiva foi observado na Turquia (que saltou de 11% há seis meses para 51% agora), Rússia (de 11% para 47%), Egito (de 29% para 58%) e China (39% para 68%).

É interessante notar que dois desses países que apresentaram grande crescimento no otimismo têm a maior parte de sua população muçulmana (Egito e Turquia).

“A familiaridade com Obama parece estar aumentando a esperança (com relação a ele)”, diz Steven Kull, diretor do Program on International Policy Attitudes, um dos institutos responsáveis pela pesquisa.

“Mas, de novo, ele está começando de um nível baixo, depois de oito anos de um presidente impopular. Manter este entusiasmo será um desafio, dadas as questões complexas que ele terá que lidar”, diz Kull.

Prioridades

Quando convidados a avaliar quais questões devem ser priorizadas por Obama em seu governo, a maioria dos entrevistados (72%) afirmou que o combate à crise econômica deve ser uma de suas principais prioridades.

Esta resposta foi seguida, respectivamente, pela retirada das tropas americanas do Iraque (considerada também uma das prioridades mais importantes para 50%); lidar com o aquecimento global (46%), melhorar as relações dos EUA com o país do entrevistado (46%); alcançar a paz entre palestinos e israelenses (43%); e dar apoio ao governo do Afeganistão no combate ao Talebã (29%).

A pesquisa foi finalizada, na maioria dos países, exceto pelo Egito e a Índia, antes do início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Assim, no Egito, 75% dos entrevistados afirmaram que a resolução do conflito entre palestinos e israelenses deveria ser uma das prioridades de Obama.

Estados Unidos

As prioridades elencadas pelos norte-americanos entrevistados foram um pouco diferentes das do resto dos países.

Enquanto 75% concordam que o combate à crise econômica deve ser uma das maiores prioridades, os americanos são aqueles que mais consideram o apoio ao governo afegão contra o Talebã como uma das questões mais importantes (46%).

Cerca de 60% dos cidadãos dos Estados Unidos entrevistados também responderam que a melhora das relações dos EUA com o resto do mundo deve ser uma das principais questões do governo Obama.

A pesquisa foi realizada pelo instituto GlobeScan com o Program on International Policy Attitudes entre 24 de novembro de 2008 e 5 de janeiro de 2009.

Foram entrevistadas 17.356 pessoas adultas na Alemanha, Chile, China, Egito, Espanha, Estados Unidos, França, Gana, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Nigéria, Rússia e Turquia.





Fonte: Da BBC

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