Operação da Polícia Federal contra tráfico de drogas prende 65 pessoas
Uma operação deflagrada nesta segunda-feira pela PF (Polícia Federal) contra o tráfico de drogas prendeu 65 pessoas, apreendeu 42 veículos e R$ 73 mil em dólares, euros e reais nos Estados de Goiás, Minas, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal.
O objetivo da operação, denominada Alfa, é combater a ação de quatro organizações criminosas que realizam tráfico internacional de drogas, em especial de cocaína vinda da Bolívia. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo), base da operação. Foram expedidos um total de 89 mandados de busca e apreensão e 85 de prisão.
As prisões ocorreram em Goiás (9), Minas (8), Mato Grosso (22), São Paulo (22) e no Distrito Federal. Entre o valor apreendido, havia R$ 58.300.
Na manhã de hoje, a Polícia Federal informou que ao menos 903 kg de cocaína foram apreendidos. Também foram recolhidos metralhadoras, pistolas, revólveres, munições de diversos calibres, além de equipamentos utilizados na secagem, mistura e embalagem de drogas.
Investigações
Investigações da Polícia Federal mostram que a droga era trazida para o Brasil por meio aéreo. A entrada era feita pelas regiões de Cáceres (MT) e Corumbá (MS). Dessas regiões seguiam para os Estados alvos de investigação, além do Distrito Federal.
As investigações tiveram início em abril de 2007. Nesta época, a Polícia Federal em Brasília detectou que traficantes de Mato Grosso comercializavam parte da droga com compradores da cidade de São José do Rio Preto.
Esquema
A Polícia Federal informou que haviam quatro grupos. O primeiro era formado por integrantes de uma família dona de uma construtora sediada em Curvelândia (MT) e que mantinham obras na região de San Matias. Eles utilizam os veículos da empresa para trazer a droga.
O segundo grupo utilizava dois aviões pequenos para o transporte da cocaína da região de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para fazendas localizadas nos Estados do Mato Grosso e de Goiás.
O terceiro grupo tinha sede em Cáceres e revendia a droga para o Estado de São Paulo. O último grupo, o quarto, trazia a droga de Porto Soares, na Bolívia, para Corumbá. Da cidade de Mato Grosso do Sul a droga era encaminhada para laboratórios clandestinos na região de Uchôa (416 km de SP).
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