Arranjos produtivos de MT despertam interesse em outros países
A dinâmica empresarial do Estado atrelada aos altos índices nacionais e internacionais de produção de grãos tem despertado interesses de países como a China e Coréia do Sul em estreitar relacionamento com Mato Grosso. Mais do que importar alimentos ou produtos oriundos daqui, alguns países do oriente buscam na verdade modelos de sucesso num estado predominantemente agrícola. Na última sexta-feira (16), foi a vez da Secretaria Extraordinária de Projetos Estratégicos (SEPE), receber a visita do Dr.Choong Y.Lee, coreano especialista em projetos para países em desenvolvimento abordando o âmbito empresarial e produtivo. A reunião foi na sede do MT Regional, onde coordenadores de sete cadeias produtivas fizeram a apresentação do programa de Governo que visa fomentar o desenvolvimento dos setores produtivos em Mato Grosso através das coordenadorias de acompanhamento de cada cadeia por regiões do Estado.
“Buscamos mostrar a força que Mato Grosso tem, além de ser o maior produtor de soja, milho e algodão, também tem força na pequena produção já que o Estado conta com mais de 150 mil famílias de pequenos agricultores, sendo que destes, aproximadamente 70 mil são assentados, com isto o Estado pode se tornar um grande incentivador da produção familiar. Procuramos externar o que o Governo do Estado tem feito para promover o desenvolvimento regionalizado através do trabalho realizado junto aos pequenos produtores rurais fomentando as diferentes cadeias produtivas em Mato Grosso”, disse o superintendente estadual do MT Regional, Alexandre Golemo.
Dentre as palestras apresentadas ao Dr.Choong Y.Lee, estão as das cadeias de fruticultura, bovinocultura de leite, avicultura, suinocultura, piscicultura, ovinocaprinocultura e apicultura. Já entre as atividades desempenhadas pela SEPE, foram apontadas o Ganha Tempo do Pequeno Produtor e o trabalho das Patrulhas Rodoviárias. “O objetivo era dar uma dimensão do trabalho desenvolvido pelo MT Regional como forma de minimizar as desigualdades regionais e promover o crescimento do Estado de forma linear. O MT Regional foi criado pela lei 8.697 em 2007, justamente para que o desenvolvimento regionalizado aconteça”, disse o coordenador da cadeia produtiva da fruticultura, Rodrigo Furquim.
O trabalho feito pelas patrulhas rodoviárias - via Consórcios Intermunicipais – ou seja, em parceria com as prefeituras também foi pauta da reunião com o Dr. Lee. “As patrulhas rodoviárias são responsáveis pela manutenção de pelo menos 24 mil quilômetros de estradas não pavimentadas nos 141 municípios de Mato Grosso. Somente no ano passado mais de 11 mil quilômetros de rodovias foram recuperados”, disse Golemo.
Missão - O MT Regional tem o objetivo de contribuir para a diminuição das desigualdades regionais, desenvolvendo as potencialidades locais, ampliando a participação no mercado dos micros, pequenos e médios empreendimentos urbanos e rurais, bem como, a capacidade de geração de trabalho e renda nas comunidades locais. Sua função principal é planejar e integrar Ações de Governo, cabendo às Secretarias e Órgãos finalísticos executarem e operacionalizarem de forma integrada essas ações.
Cadeias produtivas - “Com grandes investimentos no setor de produção, industrialização e comercialização de alimentos, dos quais a produção de carne é o que mais se destaca devido ao baixo custo de produção e condições climáticas favoráveis. A crescente demanda global por proteína animal continua a promover modificações no tabuleiro da indústria brasileira de aves e suínos. A suinocultura está sendo atraída para o Mato Grosso pelo seu forte potencial na produção de grãos, ou seja, a base da alimentação dos suínos. Vale destacar que no Brasil 58% da carne suína comercializada tem origem na agricultura familiar”, disse o coordenador da cadeia produtiva da suinocultura, Thacyo Roberto F. Nunes.
Outro ponto apresentado e de grande importância foi o crescimento do rebanho de ovinos e caprinos em Mato Grosso, que de 2004 até o ano passado registrou aumento de 40,34%. “Há cinco anos tínhamos pouco mais de 426 mil caprinos e ovinos, hoje, existem no estado mais de um milhão de cabeças. Resultado efetivo das ações de Governo em parceria com a iniciativa privada que fazem de Mato Grosso um mercado promissor também na ovinocaprinocultura”, expôs o coordenador da cadeia, Paulo de Tarso. Além dessas, as cadeias da apicultura, avicultura, bovino de leite, fruticultura e piscicultura também apresentaram balanço das atividades.
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