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Comércio corta vagas em dezembro pela primeira vez no governo Lula
Apesar de a indústria ter puxado o número recorde de fechamento de postos de trabalho em dezembro de 2008, o comércio foi o único setor que registrou um comportamento inédito, motivado pela piora da crise finaneira internacional.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, foram fechados 654.946 postos de trabalho no mês passado, o pior resultado desde 1999, início da série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Desde o início do governo Lula, o comércio era o único setor que sempre registrou, no último mês do ano, aumento no número de vagas com carteira assinada. Em 2008, no entanto, houve o fechamento de 15 mil postos de trabalho.
No ano passado, todos os setores registraram retração no emprego formal. A maior parte das demissões ficou concertada na indústria de transformação, que fechou 273 mil postos, praticamente o dobro do anotado no mesmo mês do ano passado (143 mil).
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) atribuiu os resultados à crise econômica, que fez com que os setores que mais haviam contratado até outubro, começassem a demitir em novembro e dezembro.
"A indústria de transformação foi o setor mais afetado pela crise, devido à grande quantidade de estoques e ao alto nível de contratação. Vamos ter de adotar políticas públicas nessa área", afirmou o ministro, sem especificar quais serão as ações.
Falta de crédito
Outro setor muito afetado foi o de serviços, com 117 mil demissões, ante 41 mil em dezembro de 2007. Na construção civil, o corte de empregos passou de 26 mil para 82 mil na mesma comparação. A agricultura manteve praticamente o mesmo patamar, de 122 mil para 134 mil empregos a menos.
Nesses dois últimos casos, o governo atribuiu o resultado também à falta de crédito na construção e na agricultura. Por Estado, São Paulo foi o que fechou mais vagas (275 mil) no mês.
No balanço do ano, a indústria de transformação contratou menos: 179 mil pessoas, ante 395 mil em 2007. Já o setor de serviços registrou pequeno crescimento, de 587 mil para 648 mil entre os anos. A construção civil, por sua vez, passou de 177 mil contratações para 198 mil., enquanto o comércio registrou desaceleração de 405 mil para 382 mil vagas. Por região, São Paulo foi o que mais contratou no ano, onde foram criadas 525 mil vagas.
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