Vinte pessoas já foram presas em MT em Operação da PF
Vinte pessoas já foram presas em Cuiabá na Operação Alfa. A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e Justiça Federal, realiza a prisão de envolvidos com o tráfico internacional de drogas. Principalmente cocaína de origem boliviana.
Em Mato Grosso são 23 mandados de prisão. Dentre os presos envolvidos no tráfico estão empresários das áreas de construção civil, turismo, comércio de automóveis, além de advogados.
As investigações revelaram que a droga vinha por meio aéreo e terrestre pela região de Cáceres (MT) e Corumbá (MS). No Brasil a droga era distribuída para os Estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
Foram expedidos pela Justiça Federal de São José do Rio Preto (SP), onde a ação está concentrada, 85 Mandados de Prisão Temporária e 89 Mandados de Busca e Apreensão. Além de ordens para o seqüestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio das contas correntes dos investigados.
As investigações da Operação Alfa iniciaram em abril de 2007, quando levantamentos da PF em Brasília identificaram que traficantes de Mato Grosso estavam comercializando drogas com compradores da cidade de São José do Rio Preto. A partir daí, informações foram repassadas para a unidade da Polícia Federal na cidade, que de pronto instaurou inquérito policial que culminou com a expedição das ordens judiciais de prisões e buscas que estão sendo cumpridas hoje.
Como as organizações agiam
O primeiro grupo, cujos membros são da mesma família, utilizavam de uma empresa de construção civil sediada em Curvelândia (MT), que mantinha obras na região de San Matias, na Bolívia. A droga era ocultada nos veículos da firma para ingresso em território nacional. Uma vez de posse do entorpecente a organização deliberava pelo melhor momento para a revenda a seus associados que atuavam em vários Estados.
O segundo grupo se utilizava de duas aeronaves marca Cesna, modelo 210, para o transporte da cocaína da região de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para os Estados do Mato Grosso e de Goiás, onde o entorpecente era lançado em fazendas da organização, para posterior revenda e distribuição.
O terceiro grupo atuava na região de Cáceres e comercializava a cocaína no estado de São Paulo.
O quarto grupo adquiria cocaína em Porto Soares, na Bolívia, via Corumbá (MS), para revenda também no Estado de São Paulo, após processamento em laboratórios clandestinos identificados na região de Uchôa (SP).
Apreensões e prisões
Desde o início da Operação foram apreendidos 903 quilos de cocaína em 16 flagrantes ocorridos em vários Estados, que levaram para a prisão 47 pessoas, várias delas hoje já condenadas pela Justiça.
Nas ações também foram apreendidas metralhadoras, pistolas, revólveres, munições de diversos calibres, além de petrechos para secagem, mistura e embalagem de drogas.
Locais das prisões e buscas
No Estado de São Paulo estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Colina, Guariba, Lavínia, Pracinha, Ribeirão Preto, Riolândia, Salto de Pirapora, São Carlos, Sumaré, Tanabi, Uchoa, Urupês, além de São José do Rio Preto.
No Estado de Goiás as ações são em Abadia de Goiás, Abadiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Britânia, Corumbaíba e Goiânia.
Em Minas Gerais as equipes de policias federais atuam em Contagem, Ituiutaba, Santa Vitória e Uberlândia.
No Distrito Federal as ações ocorrem em Taguatinga, Águas Claras, Gama e no plano piloto.
Em Mato Grosso há mandados sendo cumpridos em Barra do Garças, Cáceres, Cuiabá, Curvelândia, Porto Jofre, São José dos Quatro Marcos e Várzea Grande. Na Bahia está sendo cumprido um Mandado de Busca e Apreensão em Salvador. Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico de drogas, financiamento para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, posse ilegal de armas, com penas que podem passar de 30 anos de prisão.
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