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Cidades/Geral
Sábado - 22 de Junho de 2013 às 21:52
Por: AILTON SEGURA

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O movimento M-15 na Puerta Del Sol, uma das principais praças de Madri, começou pedindo condições materiais de vida (transporte, educação e emprego) e em três dias já reivindicava a Democracia Verdadeira. Por meio do Manifesto Plural, instrumento de cobrança que abomina a pseudo-representação e “as traições levadas a cabo em nome da democracia". Surgiu por um chamamento das redes sociais, a uma semana das eleições gerais na Espanha. A juventude, cidadãos e cidadãs de todos os segmentos sociais, aparentemente apáticos por décadas, indignados, romperam com a espiral do silêncio e encontraram nas redes sociais a força para expor sua revolta nas ruas.


 
O ato proliferou pela Espanha afora e ganhou o mundo de Wall Street a Buenos Aires, para chegar ao Brasil neste início de Inverno. O que pode justificar os propósitos de manifestantes e a complexidade do momento é a indignação. Se os primeiros gritos revelam necessidades materiais próximo, como o transporte que há de vir. O segundo momento é fruto do clamor das vozes afinadas com o diapasão de um mundo globalizado.


 
É uma nova realidade, com a qual todos temos que aprender a lidar. A população ao sair à rua mostra que não é possível ter qualidade de vida com a apatia generalizada. Os políticos precisam reconhecer que devem dar mais de si, sob o risco de perder a representação.  A polícia já descobriu que não se trata de um confronto com o qual se deva agir truculentamente, apesar de manter sua condição de representar a força dos cidadãos e a eles deve proteger.


 
Se nos pautarmos pela lógica originada pelo M-15, espalhada pelo mundo, a força da participação pacífica e ordeira irá mostrar a todos nós que há meios de promover mudanças e outras formas de encarar a realidade. Com certeza um novo caminho está sendo pavimentado. O rumo é a Democracia Verdadeira, que exclui o que a maioria considera a traição de partidos. 


 
Os manifestantes de Cuiabá também deverão, como os espanhóis tornar mais precisas suas reivindicações. Até porque pode parecer ironia ouvir as vozes que ao pedir transporte de boa qualidade parecem gritar “queremos o VLT”. A aparência de ironia está no fato de que em outras falas eles pedem que se gaste menos com a copa e mais com transporte, educação, etc... Ora, gastar com a Copa é investir no transporte público de qualidade (VLT), na qualificação de pessoal em todos os setores de atendimento ao turismo, é equipar a Segurança Pública, treinar pessoas e fomentar a atividade turística. Queremos gastar menos com isto? 


 
É preciso perceber (raciocinando de uma forma mais complexa) que o transporte de boa qualidade só está vindo para Cuiabá e Várzea Grande em função da Copa. Da mesma forma todas as 56 obras que se desenvolvem na Baixada Cuiabana que a colocarão num padrão de excelência internacional e todos os programas de capacitação e melhoria de equipamentos de Segurança.




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