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Cidades/Geral
Quinta - 15 de Janeiro de 2009 às 10:41

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A nova administração municipal já prepara ações contra a leishmaniose visceral. Somente em 2008, a doença atingiu 36 moradores de Rondonópolis, levando a óbito seis pessoas. Diante da existência do surto, o Polo Regional de Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, se reuniu ontem (13/01), às 14h, com diversos setores da Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo foi avaliar a evolução da doença em 2008, as medidas de controle em andamento e traçar metas de atuação para 2009. A reunião ocorreu na sede do Polo Regional de Saúde, no bairro Vila Aurora.

O coordenador do Departamento de Saúde Coletiva, Alencar Libano de Paula, anunciou ao Jornal A TRIBUNA que uma das principais metas contra a leishmaniose visceral este ano será envolver efetivamente a sociedade organizada como um todo nesta causa. Outra ação que a municipalidade pretende adotar, segundo ele, será o aumento da equipe de campo, composta por agentes de saúde e biólogos, contra o mosquito transmissor da doença (o flebótomo), preocupando-se ainda em capacitar os médicos.

Alencar Libano lembrou que, em 2007, a leishmaniose atingiu 13 pessoas e matou quatro pessoas em Rondonópolis. Apesar do aumento no número de casos, em relação a 2007, o profissional destacou que a taxa de mortalidade entre os doentes diminuiu em 2008, principalmente devido à investigação precoce e tratamento/acompanhamento mais eficiente. Agora, em 2009, o propósito, conforme o coordenador, será diminuir ainda mais o número de doentes e mortes em função da doença.

As ações de prevenção e detecção contra a leishmaniose vão continuar, de acordo com o coordenador. No entanto, enfatizou que a população não pode esperar somente pelo poder público, tendo também de fazer sua parte. “É preciso que a sociedade faça sua parte”, reforçou, lembrando que o mosquito se prolifera em local úmido com alto teor de matéria orgânica, a exemplo de lixo em quintal e folhas em fase de apodrecimento, frutas em decomposição, restos de alimentos e outros.

A infecção ocorre quando a fêmea do mosquito transmissor suga o sangue de um mamífero infectado e este pica o homem. Por isso, Alencar salientou que é preciso ficar atento, por exemplo, ao cachorro de estimação. Em casos da existência de cães com sintomas suspeitos, as pessoas devem acionar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), por meio do telefone 3411-5188, para buscar os animais e realizar os devidos exames. “Se não existe o cão contaminado, não existe a doença”, garantiu.

As ações de combate à doença, como intensificação da presença das equipes em campo, detecção de animais infectados, trabalho de conscientização na mídia e realização de mutirões, vão ser rotineiras. Nesse sentido, o coordenador já repassou que um grande mutirão, envolvendo sete secretarias municipais, será realizado em breve. A data do mesmo ainda não está definida.

Do lado da Secretaria Municipal de Saúde, além do Departamento de Saúde Coletiva, também participaram representantes da Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental e Centro de Controle de Zoonoses.





Fonte: A Tribuna MT

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