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Cidades/Geral
Quarta - 14 de Janeiro de 2009 às 19:54
Por: Pamela Muramatsu

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O nível de vida das famílias mais pobres de Mato Grosso apresentou melhora significativa. Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou os indicadores do Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) dos estados brasileiros. Enquanto o IDF do País é 0,55 em Mato Grosso a pesquisa indicou 0,57, um dos maiores da nação.

O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) é um instrumento que aponta o nível de vida da população mais pobre e permite priorizar políticas sociais. Mato Grosso não só supera a média nacional do IDF geral, como também possui números positivos e se destaca nos quesitos acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho, disponibilidade de recursos e desenvolvimento infantil com indicadores de 0,39, 0,24, 0,47 e 0,94, respectivamente, quando as médias nacionais são 0,36, 0,21, 0,42 e 0,93.

A nova radiografia traça o panorama de desenvolvimento das famílias com renda per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar de até três salários. Os indicadores variam de zero a um, abordando dimensões como as condições habitacionais, o desenvolvimento infantil, a disponibilidade de recursos, o acesso ao trabalho, o acesso ao conhecimento e a vulnerabilidade.

No país são 17,4 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais – base de dados usada pelo Bolsa Família e por outros programas do governo federal. No Estado de Mato Grosso, os dados atualizados até novembro mostram que o número de famílias cadastradas é de 262.574 e que existem em Mato Grosso recebendo o benefício do Bolsa Família 123.299 famílias.

Mato Grosso tem o melhor índice de desenvolvimento infantil do país, alcançando 0,94 no IDF. De acordo com o secretário-adjunto de Assistência Social da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), José Rodrigues, isso significa dizer que nessa área, uma das principais metas de qualquer sociedade, o objetivo de garantir a cada criança oportunidades para seu pleno desenvolvimento está sendo cumprida. “Foi possível analisar nesse quesito quatro componentes: proteção contra o trabalho precoce; acesso à escola; progresso escolar; mortalidade infantil. Nas condições analisadas pelo IPEA, Mato Grosso possui um dos melhores desempenhos no país”, analisou Rocha Júnior.

Com relação à dimensão acesso ao conhecimento, que inclui as taxas de analfabetismo, escolaridade formal e qualificação profissional, as famílias mato-grossenses têm menor número de analfabetos, mais acesso aos níveis de educação formal, ou seja, conseguem vagas nas escolas e acesso a cursos de qualificação profissional. Com relação à qualificação profissional, os mais de 57 mil trabalhadores qualificados pela Setecs entre 2003 e 2008 contribuíram na construção desse percentual.

No item acesso ao trabalho, cujos componentes analisados foram disponibilidade de trabalho; qualidade; e produtividade dos postos de trabalho disponíveis, as políticas desenvolvidas pelo Governo do Estado de atração de investimentos e incentivo fiscais contribuíram para esse cenário, uma vez que somente o Sistema Nacional de Emprego, de 2003 a 2008, fez a intermediação e colocou no mercado de trabalho formal mais de 123.000 trabalhadores.

A proposta do Ministério do Desenvolvimento Social é que Estados e municípios priorizem as famílias com menos escolaridade nos programas de qualificação profissional. Conforme o secretário-adjunto da Setecs, novas ações já estão previstas. "Levando em consideração as obras e investimentos desenvolvidos no Estado, poderemos qualificar os beneficiários do programa Bolsa Família para serem contratados como mão-de-obra. Isso fará com que eles consigam acesso ao trabalho e melhorem de renda, modificando desta maneira sua condição de vida. Essa ferramenta será muito útil aos Estados e municípios, na medida em que poderão observar em quais pontos os programas e projetos estão surtindo efeito e também para elencar suas prioridades de atuação, reordenando as suas ações, com foco na solução dos problemas que foram identificados pela pesquisa", afirmou Rocha Júnior.





Fonte: Setecs-MT

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