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Economia
Quarta - 14 de Janeiro de 2009 às 13:23

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Produtores de leite estão apreensivos com uma possível taxação no preço mínimo pago pelo litro do produto. O valor de R$ 0,41, se confirmado pelo Ministério da Agricultura, ficaria entre os mais baixos do país. Em vigor, a medida pode deixar o negócio inviável para quem investiu em tecnologia e desenvolvimento da cadeia produtiva.

Mato Grosso produz hoje 1.650 milhão de leite por dia e emprega diretamenta 16.5 mil em três grandes bacias leiteiras nas regiões Norte, Sul e Oeste do Estado, e a perspectiva é de crescimento.

Em uma propriedade rural, 20% das 430 vacas do rebanho estão em produção, o que garante 1.300 litros de leite por dia. O ordenhador, Fábio de Macedo Silva, disse que por dia é usado duas ordenhas. Uma às 3h e outra às 15h e nos intervalos ocorre a alimentação do gado", explicou o ordenhador.

Hoje, muitas propriedades investem em tecnologia para melhorar a qualidade do leite e a meta é dobrar a produção do estado até 2.010, mas o Ministério da Agricultura quer fixar o preço mínimo do litro de leite pago ao produtores em R$ 0,41.

Polêmica

Este valor só vale para Mato Grosso, sendo que o anúncio ainda não foi feito oficialmente, mas já está gerando polêmica. Os produtores temem que esta iniciativa possa reduzir ainda mais o preço hoje pela indústria, que varia de R$ 0,55 à R$ 0,60.

De acordo com o produtor rural, Manuel Augusto da Silva, é o mercado que irá dizer o quanto os produtores devem receber ou quanto as indústrias podem pagar. "Acredito que é uma lei que está sem validade e que a indústria pode usufruir disso para fixar o preço ao produtor que inviabiliza o nosso negócio", reclamou o produtor.

Supermercados

Já nos supermercados o preço do litro de leite se mantém estável há mais de dois meses. Varia de R$ 1,29 à R$ 2,49 e o consumidor reclama. A professora de música, Marília Cortes, afirmou que o preço está realmente muito caro. "Moramos em uma região onde a pecuária é forte e não dá para entender como é tão caro assim para os consumidores. Alguém está ganhando muito com isso", protestou a professora.

A consultora de pecuária da Famato, Milene Vidotti, contou que o valor mínimo estipulado pelo Ministério da Agricultura será usado como referência para os leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E que não deve empurrar para baixo o preço pago hoje pela indústria.





Fonte: Redação TVCA

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