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Economia
Quarta - 14 de Janeiro de 2009 às 10:44
Por: Lucélia Andrade

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Os consumidores de Tangará da Serra começam a pagar mais caro pelo álcool nesta semana. O valor do produto teve também um aumento de 12,94% em Cuiabá. Alguns postos vendiam o combustível por R$ 1.57, ou R$ 0.18 a mais, no final de semana. E este aumento já reflete também nos postos do município, que começam a vender o produto com um aumento de até 11% dependendo de cada local.

Lidomar de Souza Medeiros, gerente de um posto de combustível de Tangará da Serra, afirma que entre hoje e amanhã o preço do álcool terá um aumento de cerca de 11%. Segundo ele, o valor de custo que era de R$ 1.15 passou para R$ 1.26. Assim, o álcool que era vendido a R$ 1.52 custará R$ 1.65. Alguns postos do município ainda estão em fase de ajuste no preço do produto, e provavelmente ainda não aumentarão os preços nesta semana. Outros já se adequaram ao aumento, como é o caso de um posto localizado na Vila Goiânia, que passou a vender desde ontem o produto que antes custava R$ 1.42 para R$ 1.45. Alguns postos ainda não compraram combustível esperando que o preço vendido em Cuiabá apresente uma queda.

Apesar do valor do álcool ser mais em conta comparado com a gasolina, motoristas reclamam do preço. O aposentado Lourenço Ferreira, afirma que não acha justo este aumento. “Eles sempre arrumam uma desculpa ou outra para aumentar o preço do álcool, e quem sofre com isso somos nós”, diz.

SINDIDALCOOL - Mesmo que o produto não teve aumento nas usinas o Sindicato da Indústria Sucroalcooleira de Mato Grosso, (Sindidalcool) diz que o novo preço já deveria estar sendo cobrado. A justificativa é que o valor na bomba deve estar pelo menos R$ 1.50 a mais para poder sustentar todos os braços da cadeia (usinas, distribuidoras e postos).

A Sindalcool defende que mesmo com o álcool a R$ 1,50 ainda compensa para os consumidores abastecerem os carros flex com esse produto. Além de estar mais barato que a gasolina, o álcool é 72% menos poluente que o outro combustível de origem fóssil. "A maioria não olha o aspecto ambiental, somente o financeiro. Mas o álcool tem muitas vantagens sobre a gasolina". E falando financeiramente, Santos observa que o álcool é compensador até o limite de 70% do preço da gasolina. Ou seja, como a gasolina está sendo vendida nas bombas hoje por uma média de R$ 2,79, mesmo que o álcool chegue aos patamares de R$ 1,95 ainda será mais vantajoso do que abastecer com gasolina. A partir daí, não vale a pena, a não ser pela questão ambiental. "Estou falando há tempos sobre isso.

O álcool, do preço que estava, inviabiliza o setor, devido ao custo de produção, com impostos e tudo mais. Para que todos sejam bem remunerados o ideal é estar a R$ 1,50 na bomba. Em Natal (RN) o álcool está a R$ 1,85 e estão em plena produção", pondera Santos. O valor de R$ 1,57 não é a média cobrada em Cuiabá. A maioria dos postos está com o preço variando entre R$ 1,47 e R$ 1,49. Este último valor representa R$ 0,10 a mais que o praticado na semana anterior, quando o álcool também havia saído de R$ 1,29 para R$ 1,39. Quando a comparação é a média de R$ 1,39 para R$ 1,49, o aumento atinge 7,19%.

Segundo o levantamento semanal de preços feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor máximo praticado nas bombas em Cuiabá para o álcool já atingia R$ 1,45 desde segunda semana do mês de dezembro do ano passado. No período seguinte, o preço mais alto apurado foi de R$ 1,39. Nos últimos dias de dezembro e início de janeiro deste ano, o preço voltou novamente aos R$ 1,45, nos postos que vendiam mais caro. E agora, na semana compreendida entre 4 e 10 de janeiro, a máxima se manteve em R$ 1,59. Também conforme a ANP, nesta mesma semana havia postos na Capital praticando o mínimo de R$ 1,25, o mais alto entre os mínimos das últimas quatro semanas. (A Gazeta)





Fonte: Diário da Serra

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