Cólera mata quase 2 mil pessoas no Zimbábue
A epidemia de cólera no Zimbábue matou 1.937 pessoas e um total de 38.334 pessoas contraíram a doença, que pode ser facilmente prevenida, informou a Organização Mundial de Saúde na terça-feira.
Um relatório sobre a epidemia, datado de 11 de janeiro, mostrou um aumento de 25 mortes e 541 casos, comparados com um aumento de 12 mortes e 300 casos no dia anterior.
A epidemia se soma à já complicada crise humanitária no país, onde as negociações sobre uma divisão de poder entre o presidente Robert Mugabe e a oposição estão travadas, apesar dos pedidos do Ocidente para que Mugabe renuncie.
A doença, que é transmitida pela água e causa diarreia e desidratação severas, se espalhou por todas as 10 províncias do Zimbábue devido ao colapso dos sistemas sanitário e de saúde. A OMS diz que 89 por cento dos 62 distritos do país foram afetados.
O governo zimbabuano alertou que a epidemia pode piorar ainda mais, quando começar a estação de chuvas, cujo pico é em janeiro e fevereiro e vai até março. As enchentes, que frequentemente afetam as áreas mais baixas do país, podem contribuir para a expansão da epidemia.
A cólera também se espalhou para os países vizinhos. Na África do Sul, houve pelo menos 13 mortes e 1.419 casos. Botsuana, Moçambique e Zâmbia também têm casos registrados.
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