De volta ao Botafogo, zagueiro Juninho promete gols de falta
Ano passado, todos lamentaram a carência de gols de falta no Botafogo. Também pudera. Mesmo com Lucio Flavio e Zé Carlos, o Botafogo fez apenas três gols com este fundamento, no Campeonato Brasileiro.
Em 2007, quando disputou toda a competição nacional vestido com a camisa alvinegra, Juninho, apresentado segunda-feira oficialmente à torcida, fez nove. Seis em cobranças diretas ao gol adversário e outros três também com chutes de fora da área, mas após jogadas ensaiadas.
"A bomba vai voltar. Treino três vezes por semana. Em média, são 40 cobranças por treino. Se o número de gols de falta caiu, é mais um motivo para treinar mais ainda. A torcida pode me cobrar gols. Também quero ser o cobrador oficial de pênaltis", contou Juninho, confiante.
O zagueiro sabe de sua responsabilidade. Não somente na precisão nas cobranças de falta, mas, principalmente, para dar equilíbrio à zaga, instável emocionalmente durante todo o ano passado.
"No futebol moderno, no qual a preparação física é indispensável, é fundamental a equipe terminar o jogo com 11 em campo. Pelo que sei, o Teco é um zagueiro tranquilo como eu. Vamos exercer a liderança, mas com respeito ao árbitro", orienta Juninho, já falando como capitão do time de Ney Franco.
Profundo conhecedor das coisas alvinegras --mesmo no São Paulo mantinha contato com dirigentes e jogadores do clube--, Juninho sabe que, mais uma vez, o Botafogo passa por um período de transformação administrativa.
"Conheço e respeito as pessoas envolvidas neste novo projeto. E foi exatamente o projeto que me fez voltar. A confiança é tanta que fiz um contrato longo, de três anos. Tenho certeza de que serei tão feliz quanto fui na minha primeira passagem por aqui", torce o zagueiro.
Juninho revelou também que, além do projeto, a família pesou muito na decisão de voltar, principalmente a vontade dos filhos.
"Meus filhos foram praticamente criados aqui e gostam muito do Botafogo. São torcedores do clube. Sempre que dizia que podia voltar ao Rio, eles pediam para eu jogar no Botafogo. Isso foi também pesou muito na minha decisão", explicou Juninho, sorriso no rosto, como o bom filho que retorna ao lar.
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