Índice de desenvolvimento infantil em MT é maior que a média nacional

O Índice de Desenvolvimento Famíliar (IDF) fez o levantamento com base nos dados de quem recebe o benefício. Os números variam de 0 a 1, e quanto mais perto do número 1, melhor é o resultado. O índice de escolaridade do Brasil, por exemplo, é de 0,36. Enquanto em Mato Grosso o índice é de 0,39. Já o índice de acesso ao trabalho reflete a dificuldade de conseguir emprego. Mas mesmo assim, a média do Estado é maior que a nacional: 0,21 do Brasil e 0,24 em Mato Grosso. O ponto mais positivo é o desenvolvimento infantil, que é de 0,94 no Estado.

Segundo o secretário adjunto da Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania de Mato Grosso, José Rodrigues Rocha Júnior, estes índices são compostos por alguns fatores fundamentais. "São compostas por taxa de mortalidade, trabalho infantil e acesso das crianças à escola. Esses índices compõem o indicador que fez Mato Grosso estar na liderança do cenário nacional", disse.

A coleta de dados é possível pelo monitoramento da Assistência Social do Estado aos participates do programa federal. A proposta do Ministério do Desenvolvimento Social é que estados e municípios priorizem as famílias com menos escolaridade nos programas de qualificação profissional.

Conforme a Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania, novas ações já estão previstas. "Levando em consideração as obras e investimentos que estão sendo desenvolvidas no Estado, poderemos qualificar estes usuários do programa Bolsa Família para serem contratados como mão-de-obra. Isso pode fazer com que eles consigam acesso ao trabalho e melhorar a renda, modificação na sua condição de vida", afirmou o secretário adjunto.

Pesquisa

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), divulgada em 2008, constatou que o recurso do Bolsa Família é utilizado, principalmente, na compra de alimentos. Em seguida, o dinheiro, segundo os beneficiários, é utilizado na compra de material escolar (46%), vestuário (37%) e remédios (22%). O levantamento mostrou que 94% dos titulares do cartão são mulheres, 78% vivem na área urbana, 65% são pretos ou pardos e 99,5% afirmaram que não deixaram de fazer algum tipo de trabalho depois que passaram a receber o benefício. No ano passado, mais de 10 milhões de famílias foram atendidas pelo Bolsa Família.

Por ter renda per capita de até meio salário mínimo, ou renda famíliar de até três salários, cerca de 253 mil famílias recebem o Bolsa Família em Mato Grosso. O Ministério do Desenvolvimento Social divulgou o perfil dos mato-grossenses que usam o auxílio. Foram analisados aspectos como: acesso ao conhecimento, trabalho, desenvolvimento infantil, recursos e habitação. A maioria dos índices acompanhou a média nacional, alguns ficaram bem acima, como o ítem 'Desenvolvimento Infantil'.