Preço do álcool aumenta novamente em Mato Grosso
O álcool hidratado subiu até 12,94% no fim de semana em Cuiabá. Da média de R$ 1,39 o combustível estava sendo vendido em um posto da Capital desde sábado por R$ 1,57, ou R$ 0,18 a mais. Apesar de não ter havido aumento do valor do produto nas usinas, o diretor- executivo do Sindicato da Indústria Sucroalcooleira de Mato Grosso (Sindalcool), Jorge dos Santos, frisa que esse preço já deveria estar sendo cobrado. A justificativa é que o valor na bomba deve estar a pelo menos R$ 1,50 para poder sustentar todos os braços da cadeia (usinas, distribuidoras e postos).
"Estou falando há tempos sobre isso. O álcool, do preço que estava, inviabiliza o setor, devido ao custo de produção, com impostos e tudo mais. Para que todos sejam bem remunerados o ideal é estar a R$ 1,50 na bomba. Em Natal (RN) o álcool está a R$ 1,85 e estão em plena produção", pondera Santos. O valor de R$ 1,57 não é a média cobrada em Cuiabá. A maioria dos postos está com o preço variando entre R$ 1,47 e R$ 1,49. Este último valor representa R$ 0,10 a mais que o praticado na semana anterior, quando o álcool também havia saído de R$ 1,29 para R$ 1,39. Quando a comparação é a média de R$ 1,39 para R$ 1,49, o aumento atinge 7,19%.
O diretor-executivo do Sindalcool defende que mesmo com o álcool a R$ 1,50 ainda compensa para os consumidores abastecerem os carros flex com esse produto. Além de estar mais barato que a gasolina, o álcool é 72% menos poluente que o outro combustível de origem fóssil. "A maioria não olha o aspecto ambiental, somente o financeiro. Mas o álcool tem muitas vantagens sobre a gasolina". E falando financeiramente, Santos observa que o álcool é compensador até o limite de 70% do preço da gasolina.
Ou seja, como a gasolina está sendo vendidas nas bombas hoje por uma média de R$ 2,79, mesmo que o álcool chegue aos patamares de R$ 1,95 ainda será mais vantajoso do que abastecer com gasolina. A partir daí, não vale a pena, a não ser pela questão ambiental.
Segundo o levantamento semanal de preços feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor máximo praticado nas bombas em Cuiabá para o álcool já atingia R$ 1,45 desde segunda semana do mês de dezembro do ano passado. No período seguinte, o preço mais alto apurado foi de R$ 1,39. Nos últimos dias de dezembro e início de janeiro deste ano, o preço voltou novamente aos R$ 1,45, nos postos que vendiam mais caro. E agora, na semana compreendida entre 4 e 10 de janeiro, a máxima se manteve em R$ 1,59. Também conforme a ANP, nesta mesma semana havia postos na Capital praticando o mínimo de R$ 1,25, o mais alto entre os mínimos das últimas quatro semanas.
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