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Nacional
Segunda - 12 de Janeiro de 2009 às 09:18

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As chances de reeleição de prefeitos que tiveram apontados indícios de corrupção ou irregularidades diminui mais quando há rádios locais na cidade.

A conclusão faz parte de um trabalho feito pelos economistas Claudio Ferraz, da PUC-RJ, e Frederico Finan, da UCLA (Universidade da Califórnia, em Los Angeles).

Os dois analisaram relatórios de fiscalização da CGU (Controladoria Geral da União) em 2003 e 2004. Segundo a análise, a queda é maior quanto mais irregularidades apontadas. A chance de reeleição caía seis pontos percentuais quando havia duas irregularidades apontadas. Quando havia uma rádio no local auditado, a chance caía mais --11 pontos.

Os professores lembram ainda que auditorias positivas para o prefeito e as negativas são exploradas no período eleitoral, seja pela situação, seja pela oposição.

Na média, a taxa de reeleição ficou 3,6 pontos percentuais menor quando houve auditorias apontando irregularidades. A taxa de reeleição básica era de cerca de 46%.

"Se pegar a média dos municípios auditados, a queda na reeleição não é enorme, mas não é insignificante. Há dois elementos fundamentais: o que foi descoberto e a divulgação disso, especialmente pela presença de rádios locais", diz Ferraz.

"Outro ponto interessante é que, quando não tem nenhuma irregularidade, há um grande efeito positivo na reeleição. O eleitor não espera zero de corrupção. Por isso, quando não há nada de corrupção, a taxa de reeleição aumenta. É como se fosse um prêmio ao político."

Depois de divulgar suas auditorias, a CGU as repassa para o TCU (Tribunal de Contas da União) --que pode pedir ressarcimentos--, para o Ministério Público e para as Câmaras Municipais. É a partir daí que podem ser pedidas punições para os prefeitos.





Fonte: Folha de S.Paulo

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