Detetive particular é condenado por morte de ex-modelo
O detetive particular Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho foi condenado a 14 anos de prisão na madrugada deste sábado, acusado de matar a ex-modelo Cristiana Aparecida Ferreira, em agosto de 2000, num flat no centro de Belo Horizonte. Por ser réu primário e ter bons antecedentes, Pacífico vai poder aguardar o recurso da sentença em liberdade.
O julgamento, que começou às 13h25 de sexta-feira, ocorreu no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte e terminou às 3h deste sábado. O júri decidiu pela condenação do detetive pelo homicídio de Cristiana, por envenenamento e asfixia, com a qualificação de motivo torpe.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), foram ouvidas oito testemunhas durante o julgamento, sendo três de acusação e cinco de defesa.
Em suas considerações finais, o assistente de acusação Dino Miraglia Filho afirmou que "forças ocultas" atuaram na investigação e que não acredita que o crime tenha sido passional e sim "queima de arquivo".
Ele também pediu a aplicação de multa para o ex-ministro Walfrido Mares Guia, já que este foi regularmente intimado para o julgamento, mas não compareceu, pois afirmou estar fora do País.
Já a advogada de defesa Eunice Batista da Rocha Filha afirmou que Pacífico foi injustamente acusado do crime e afirmou que a vítima tinha antecedentes suicidas, reafirmando a hipótese inicial da investigação policial do crime.
O tribunal informou que o plenário do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette esteve lotado durante toda a sessão e que 50 pessoas ainda permaneciam no local ao final do julgamento para ouvir a sentença contra o detetive particular.
Segundo o TJ-MG, ainda cabe recurso da decisão proferida pelo júri.
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