Ministros do STF terão telefones antigrampos a partir de fevereiro
Os 55 telefones criptografados adquiridos pelo Supremo Tribunal Federal, no final do ano passado, vão ser utilizados pelos 11 ministros do órgão e seus assessores, segundo informou a assessoria de imprensa. Os aparelhos vão compor o sistema de criptografia para telefonia móvel e fixa da Corte. Esta é a primeira vez que os ministros vão falar e mandar mensagens por meio de telefones criptografados, pois a aquisição deste tipo de tecnologia, que impede grampos entre ligações, é pioneira no órgão.
Segundo o diretor da TLS Informática, empresa contratada por meio de pregão eletrônico para fornecer os equipamentos, José Antônio Lúcio, a TLS tem o prazo legal de 30 dias para entregar os telefones. “Até o dia 10 de fevereiro nós estaremos enviando os telefones ao Supremo”, disse.
Apesar do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, ter declarado guerra à ação de escutas telefônicas no último ano, a assessoria de imprensa garante que as aquisições já estavam previstas mesmo antes da divulgação de trechos de uma conversa telefônica entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). “A segurança da informação é uma preocupação constante da atual administração do STF”, informou a assessoria de imprensa do Supremo.
Como já divulgou o Contas Abertas na última terça-feira (06), os 20 celulares da marca HCT e os 35 telefones fixos Phonecrypt Prestige são capazes de codificar as conversas telefônicas, tornando-as imunes a interceptações. O valor da compra foi de R$ 380 mil, apesar do órgão ter avaliado, inicialmente, que os equipamentos custariam R$ 622,5 mil.
A nota de empenho emitida pelo STF, que garante os recursos para a compra, já foi lançada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Participaram do pregão eletrônico duas empresas, mas o menor lance foi da TLS Informática, que fica em São Paulo, resultando em uma economia de 41% para o Supremo Tribunal Federal.
Apenas as conversas entre os aparelhos que compõe o sistema antigrampo são protegidas. Quando os telefones são criptografados, a conversa é protegida por um sistema desenvolvido na Alemanha, que verifica a cada cinco segundos se existe risco de interceptação. Quando o sistema detecta uma escuta, imediatamente a ligação é interrompida.
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