Terminam depoimentos de testemunhas do caso Eloá; PMs confirmam ter ouvido tiro
A Justiça de São Paulo ouviu nesta quinta-feira cinco testemunhas de acusação e nove de defesa no caso do cárcere privado que resultou na morte de Eloá Pimentel, 15, baleada após ser mantida refém pelo ex-namorado por cerca de cem horas em Santo André, na Grande São Paulo. Agora, o acusado, Lindemberg Alves, 22, deve ser interrogado.
Pela manhã foram ouvidas cinco pessoas arroladas pela acusação --Nayara Rodrigues e outros dois rapazes (amigos de Eloá e que também foram rendidos), um policial militar e um irmão de Eloá.
Depois, nove pessoas arroladas pela defesa de Lindemberg prestaram depoimento, entre elas três policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) que participaram do desfecho do caso e confirmaram à Justiça que ouviram um tiro antes de invadirem o apartamento.
O primeiro PM ouvido foi Daylson Moreira Pereira. No depoimento, que começou às 13h55, ele afirmou à Justiça que estava no apartamento vizinho. O policial, que ouvia as conversas no imóvel com a ajuda de um copo, disse que a orientação era invadir o apartamento se algum tiro fosse disparado, o que, segundo ele, aconteceu.
Às 14h05, o policial Maurício Martins de Oliveira começou a ser ouvido. Ele afirmou ter ouvido um tiro pela manhã e o segundo momentos antes de o imóvel ser invadido. Ele foi o primeiro PM a avistar Eloá e a amiga Nayara Rodrigues baleadas.
Das 14h20 às 14h30 foi a vez do PM Mário Magalhães Neto. Todos disseram que Lindemberg resistiu à prisão.
Após interrogar Lindemberg, o juiz José Carlos de França Carvalho Neto, da Vara do Júri e Execuções Criminais de Santo André, decidirá se ele deve ou não ser levado a júri popular. Para o promotor Antonio Nobre Folgado, caso ele seja pronunciado hoje, a expectativa é de que o júri ocorra dentro de três meses.
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