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Vítimas estavam em um alojamento precário, que não tinha banheiro, água e nem alimentos. Os salários também estavam atrasados
22 haitianos resgatados pela SRTE
DIVULGAÇÃO/SRTE
Trabalhadores dormiam em camas improvisadas sobre engradados de cerveja e os colchões estavam em situação precária
Atraídos pelas obras da Copa de 2014, menos de seis meses depois do desembarque dos primeiros trabalhadores haitianos em Cuiabá, os órgãos de fiscalização encontram estrangeiros dessa nacionalidade em condições análogas à escravidão urbana.
Esta semana, fiscais da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego(SRTE) resgataram 22 haitianos vivendo em condições degradantes no “alojamento” de um conjunto habitacional popular, em construção no bairro Itapajé, região do Coxipó, em Cuiabá.
Em uma casa que abrigaria 12 pessoas, havia 21 operários, mais a mulher de um deles. Sem banheiro, porque o único que tinha vaso sanitário estava interditado, os haitianos também não contavam com água potável, situação que os obrigava a buscar ajuda nas casas vizinhas.
De acordo com o relatório dos auditores fiscais que estiveram no local, por falta de camas e espaços internos, três operários dormiam na parte externa, um deles no quintal, a céu aberto, em instalações improvisadas.
Os haitianos usavam engradados de cerveja como suporte para os colchões, que também estavam em péssimo estado de conservação. A escassez de água não era apenas para beber, afazeres domésticos deixavam de ser realizados. Eles enfrentavam dificuldades para fazer a higiene pessoal porque, conforme relato dos operários, o abastecimento só acontecia a cada três dias.
Apesar de ser uma exigência legal, assim como água, alimento e cama, o alojamento não estava equipado com armário, lavanderia, fogão, panelas e outros utensílios para o preparo dos alimentos, tampouco mesa ou cadeiras onde pudessem fazer as refeições.
Dos 21 trabalhadores, 9 já haviam sido demitidos, porém permaneciam no alojamento aguardando o pagamento da verba rescisória. Sem o dinheiro do período trabalhado, se viram obrigados a continuar no “abrigo”.
Os demais, 12, também estavam sem receber salários, conforme informações da Diretoria de Fiscalização da SRTE. Autuada pelos fiscais, a empresa contratante, que terceirizado a obra de uma construtora, pagou os salários e demais direitos trabalhistas aos operários haitianos.
Sem terem para onde ir, os trabalhadores foram hospedados em dois hotéis na região do Coxipó, onde devem permanecer até ingressarem em um novo emprego ou tomarem outras decisões. A SRTE não divulgou os nomes das empresas envolvidas.
O pedreiro haitiano Charles Piareru, um dos encontrados em condições análogas à escravidão, desistiu de viver em Cuiabá. Ele diz que precisa receber salário em dia para sustentar a família, mulher e filhos, que ficaram no Haiti.
Charles está com passagem comprada para Curitiba, no Paraná, onde espera auxílio de um amigo, também haitiano, para conseguir emprego. Aqui, sem dinheiro e moradia estava passando necessidade, reclamou.
Esta semana, fiscais da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego(SRTE) resgataram 22 haitianos vivendo em condições degradantes no “alojamento” de um conjunto habitacional popular, em construção no bairro Itapajé, região do Coxipó, em Cuiabá.
Em uma casa que abrigaria 12 pessoas, havia 21 operários, mais a mulher de um deles. Sem banheiro, porque o único que tinha vaso sanitário estava interditado, os haitianos também não contavam com água potável, situação que os obrigava a buscar ajuda nas casas vizinhas.
De acordo com o relatório dos auditores fiscais que estiveram no local, por falta de camas e espaços internos, três operários dormiam na parte externa, um deles no quintal, a céu aberto, em instalações improvisadas.
Os haitianos usavam engradados de cerveja como suporte para os colchões, que também estavam em péssimo estado de conservação. A escassez de água não era apenas para beber, afazeres domésticos deixavam de ser realizados. Eles enfrentavam dificuldades para fazer a higiene pessoal porque, conforme relato dos operários, o abastecimento só acontecia a cada três dias.
Apesar de ser uma exigência legal, assim como água, alimento e cama, o alojamento não estava equipado com armário, lavanderia, fogão, panelas e outros utensílios para o preparo dos alimentos, tampouco mesa ou cadeiras onde pudessem fazer as refeições.
Dos 21 trabalhadores, 9 já haviam sido demitidos, porém permaneciam no alojamento aguardando o pagamento da verba rescisória. Sem o dinheiro do período trabalhado, se viram obrigados a continuar no “abrigo”.
Os demais, 12, também estavam sem receber salários, conforme informações da Diretoria de Fiscalização da SRTE. Autuada pelos fiscais, a empresa contratante, que terceirizado a obra de uma construtora, pagou os salários e demais direitos trabalhistas aos operários haitianos.
Sem terem para onde ir, os trabalhadores foram hospedados em dois hotéis na região do Coxipó, onde devem permanecer até ingressarem em um novo emprego ou tomarem outras decisões. A SRTE não divulgou os nomes das empresas envolvidas.
O pedreiro haitiano Charles Piareru, um dos encontrados em condições análogas à escravidão, desistiu de viver em Cuiabá. Ele diz que precisa receber salário em dia para sustentar a família, mulher e filhos, que ficaram no Haiti.
Charles está com passagem comprada para Curitiba, no Paraná, onde espera auxílio de um amigo, também haitiano, para conseguir emprego. Aqui, sem dinheiro e moradia estava passando necessidade, reclamou.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/16690/visualizar/
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