Pesquisa mostra efeitos da crise nas contratações e nos salários
Dizem que as contratações estão diminuindo. E que os salários estão acompanhando esse movimento. Para saber se os rumores são certeiros, a Watson Wyatt realizou uma pesquisa junto a 245 executivos de Recursos Humanos que atuam em países da América Latina, em empresas de diferentes portes e ramos de atividade.
Descobriu-se que 44% das empresas estão pessimistas em relação à crise financeira global e muitas delas (75%) informaram que algumas ações já foram implementadas buscando a prevenção de possíveis impactos negativos a curto e a médio prazos.
Mudanças no RH
Os processos de Recursos Humanos que estão sendo mais afetados são "recrutamento e seleção" (34%) e "remuneração" (33%). Por outro lado, os menos abalados são "avaliação de desempenho" (16%) e "planos de sucessão" (17%).
No geral, as principais mudanças que o setor já começou a enfrentar foram o congelamento de contratações - 44% dos participantes já realizaram e 40% o farão nos próximos 12 meses -, seguido pela eliminação ou redução das ações de treinamento e desenvolvimento - 23% dos entrevistados já efetuaram e 43% o farão em até um ano, segundo a pesquisa.
Veja as mudanças que devem ocorrer nas empresas:
Não contratar mais novos empregados: 44% já estão optando por isso, enquanto 40% irão adotar a medida nos próximos 12 meses;
Eliminar ou reduzir as ações de treinamento e desenvolvimento: 23% já fizeram essa opção, ao passo que 43% irão fazê-la nos próximos 12 meses;
Reestruturar a empresa: 17% e 43%, respectivamente;
Aumentar a comunicação do pacote de remuneração aos empregados: 12% e 48%, respectivamente;
Reduzir a força de trabalho: 17% e 38%, respectivamente;
Reforçar a remuneração variável: 7% e 37%, respectivamente;
Eliminar ou reduzir outros programas oferecidos aos empregados: 13% e 29%, respectivamente;
Reformular remuneração variável da área de vendas: 11% e 31%, respectivamente;
Revisar ou redesenhar planos de saúde ou outros benefícios: 10% e 30%, respectivamente;
Mudar o foco, a estrutura e a função da área de Recursos Humanos: 9% e 28%, respectivamente;
Congelar os salários dos empregados: 10% e 23%, respectivamente;
Reduzir o matching - contrapartida do empregador a cada depósito feito pelo funcionário - dos planos de previdência privada: 3% e 8%, respectivamente.
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