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Antônio Azambuja diz que unidades do interior podem interromper atividades a exemplo do Hospital Metropolitano, onde médicos cruzaram os braços
Deputados cobram repasses para OSSs
O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) deve levar, na semana que vem, à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa a situação do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, que paralisou os atendimentos na manhã de ontem (21), alegando falta de repasses do Executivo estadual.
O presidente da Comissão, deputado Antônio Azambuja (PP), afirma que se nada for feito, outras unidades do interior do Estado também podem fechar as portas.
Maluf vai propor o acompanhamento de todos os contratos entre as Organizações Sociais de Saúde (OSSs) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pelo Parlamento. Apesar disso, pondera que o problema não está na administração das entidades, mas na falta de pagamento por parte do governo.
O tucano afirma que resta à comissão tentar intermediar um acordo entre as partes, visto que, segundo ele, já houve inúmeras tentativas de negociação que não resultaram em efeitos práticos.
A paralisação do Metropolitano – hospital administrado pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) – teria sido provocada por falta de recursos para arcar com a folha de pagamento dos cerca de 150 médicos da unidade. A informação é dos próprios profissionais, que emitiram nota explicando os motivos da manifestação.
Estima-se que a SES deixou de repassar ao menos R$ 6 milhões ao hospital nos últimos três meses e, por isso, os serviços da unidade já estariam reduzidos pela metade durante este período. A assessoria da Pasta, no entanto, desmente o número e afirma que já reuniões já foram feitas para buscar uma solução para o problema.
Azambuja, no entanto, adianta que a comissão deve deliberar por abrir uma nova rodada de negociação com o secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues.
“Poderemos pressionar o governador e mostrar quem é o real culpado”, disse, sustentando que o funcionamento dos hospitais estaria prejudicado exclusivamente por falta de recursos.
Além do Hospital Metropolitano, o Ipas é responsável pela administração da Farmácia de Alto Custo do governo do Estado, onde diversas caixas de medicamentos foram encontradas vencidas. A denúncia também foi encaminhada à Comissão de Saúde da AL, que pediu esclarecimentos do governo sobre o assunto.
O caso, inclusive, gerou um pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. De autoria do deputado estadual Ademir Brunetto (PT), o pedido não prosperou porque Airton Português (PSD), um dos oito parlamentares que haviam assinado o documento, mudou de ideia após dar seu aval.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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