Vai a 600 total de mortos em Gaza, diz Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha disse hoje que investiga relatos de que um posto de ambulâncias do Crescente Vermelho palestino, localizado na cidade de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, foi atingido durante a noite. A ofensiva militar contra os foguetes palestinos, lançada por Israel em 27 de dezembro, já deixou pelo menos 600 mortos e 3 mil feridos na Faixa de Gaza, disse Pierre Kraehenbuehl, chefe de operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
"A principal mensagem que vem de Gaza nesta manhã é de medo e frustração", disse Kraehenbuehl. "Esta última noite foi descrita para nós, pelo telefone, como a mais assustadora jamais vista."
Com o aumento das mortes de civis e os suprimentos de água potável perto do colapso, Kraehenbuehl disse que "não há dúvida de que estamos lidando com uma completa e enorme crise em termos humanitários". De acordo com Kraehenbuehl, as informações sobre o ataque ao posto de ambulâncias "ainda precisam ser confirmadas, mas são um sinal da intensidade do conflito".
"Aparentemente, foi necessário o uso de tratores para retirar escombros do caminho que dá acesso ao posto", disse ele, mas acrescentou que a Cruz Vermelha não tem maiores informações. "Eu não posso dizer se foi efeito colateral de bombardeios naquela área."
Problemas no abastecimento de energia elétrica, setor também atingido pelo embargo de 18 meses de Israel ao território controlado pelo Hamas, representa séria ameaça ao deixar até meio milhão de pessoas sem água potável e sob risco de contraírem doenças, disse ele.
Israel nega que haja uma crise humanitária no território densamente povoado. O governo israelense concedeu permissão à Cruz Vermelha para que leve ajuda médica, incluindo sangue e vacinas, ao território. Um grupo de cirurgiões também recebeu permissão ontem para auxiliar os médicos no hospital de Shifa, o mais importante de Gaza. Mas, segundo Kraehenbuehl, os serviços médicos pioram na medida em que a campanha militar continua.
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