Ação terrestre mata 130 membros do Hamas, diz Israel
O Exército de Israel informou nesta terça-feira que matou 130 combatentes do movimento islâmico radical Hamas desde o início da ofensiva terrestre na faixa de Gaza, no sábado passado (3). Segundo a imprensa israelense, os combates em terra com o Hamas deixaram ainda cinco soldados israelenses mortos, quatro deles por fogo amigo.
"Durante os últimos dois dias, pelo menos 130 terroristas do Hamas morreram em combates com o Exército na faixa de Gaza", afirma um comunicado militar.
Israel confirmou ainda que lançou mais de 40 bombardeios aéreos desde a madrugada desta terça-feira. Um destes ataque, informam os jornais israelenses "Jerusalem Post" e "Haaretz", atingiu um prédio em Gaza no qual estava abrigado o chefe da divisão de lançamentos de foguetes do Hamas, Ayman Sayam.
Segundo o Exército, Sayam chefia ainda o programa de artilharia do movimento radical em toda a faixa de Gaza.
Há quatro dias consecutivos, milhares de soldados israelenses enfrentam os militantes do Hamas na faixa de Gaza, a segunda etapa da grande ofensiva militar israelense iniciada no último dia 27 e que deixou mais de 500 palestinos mortos e cerca de 2.500 feridos.
Unidades de infantaria, de blindados, de engenharia e de inteligência participam na ofensiva terrestre, com o respaldo da aviação da artilharia e da marinha de guerra.
Segundo Israel, a ofensiva militar é justamente uma resposta à violação --com o lançamento constante de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19.
Soldados
A ofensiva terrestre do Exército deixou ainda cinco soldados israelenses mortos. Quatro soldados foram mortos em dois combates separados nesta segunda-feira contra militantes palestinos na faixa de Gaza. Um quinto soldado foi morto neste domingo (4).
Três soldados morreram devido ao ataque equivocado de um tanque de Israel contra um edifício tomado dos palestinos em Gaza. A confirmação de três dos soldados mortos foi revelada na noite desta segunda-feira pelo Exército Israelense.
Nesta terça-feira, foi confirmada a morte do quarto soldado, em um ataque separado, mas também de fogo amigo. Segundo os jornais israelenses, capitão Yonatan Natanyel, 27, foi morto por fogo amigo no norte da faixa de Gaza, próximo a Beit Hanun.
Os três soldados que morreram no que os jornais chama de incidente de fogo amigo eram da infantaria de Golã. No ataque de um tanque israelense, ao menos outros 24 soldados ficaram feridos, três seriamente e um em estado crítico.
Um dos soldados mortos foi identificado como Yosef Muadi, 19, de Haifa. Segundo o "Haaretz", ele será enterrado na vila de Yarka, na Galiléia, na tarde desta terça-feira.
Os outros dois foram identificados como major Dagan Wartman, 32, de Ma'aleh Michmash, que servia como médico do 13º batalhão das forças de Golã, e o sargento Nitai Stern, 21, de Jerusalém.
Segundo relatórios citados pelo jornal "Jerusalem Post", parte do batalhão foi atacada com artilharia pesada em Saja'iya e entrou em uma casa próxima para se proteger. Confundindo-os com membros do Hamas, um tanque israelense atirou na casa, que desmoronou.
A batalha com os membros do Hamas que estavam nas proximidades durou horas até que a artilharia israelense liberou a área e levou os feridos de helicóptero.
Números
O ataque de fogo amigo causou o mais grave acontecimento para as Forças de Defesa israelenses nos onze dias consecutivos de ofensiva terrestre contra alvos do Hamas na faixa de Gaza.
Eles citam ainda ao menos dois outros incidentes de fogo amigo nos últimos dois dias. Um soldado que ficou ferido por uma metralhadora e outro durante a detonação de um aparelho explosivo.
Segundo os jornais, o número de palestinos mortos nesta segunda-feira (5) chega a cem. Outros 80 palestinos foram presos pelas Forças de Defesa israelenses e admitiram no interrogatório inicial pertencerem ao Hamas.
Eles foram transferidos, ainda segundo os jornais, para prisões temporárias dentro do território de Israel.
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