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Esportes
Segunda - 05 de Janeiro de 2009 às 08:05

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Quando o Palmeiras sucumbiu na luta pelo último Brasileiro, Vanderlei Luxemburgo minimizou o fato atrelando-o a um plano maior que visava o ano seguinte. E 2009, que terá início nesta segunda para o clube, parece ainda distante desse projeto.

A começar pelo elenco que se apresenta às 16h, no CT. Do time que terminou o Nacional em quarto lugar, 11 jogadores não estão mais no Parque Antarctica, enquanto seis novos atletas foram trazidos ao clube.

"A base que tínhamos de 2007 era de dois anos. Agora era necessária uma reformulação, a montagem de uma nova equipe", disse o gerente de futebol, Toninho Cecílio.

A espinha dorsal da equipe ficou sem um de seus zagueiros, Roque Júnior, os dois laterais, Élder Granja e Leandro, o polivalente Martinez, além da dupla de ataque, formada por Alex Mineiro e Kléber.

O último ainda segue esperando uma definição do clube, que diz não ter os US$ 8 milhões (cerca de R$ 18,6 milhões) necessários para tirá-lo do ucraniano Dínamo de Kiev. Entre os coadjuvantes de 2008, já foram embora o volante Léo Lima, o meia Maicosuel, além dos atacantes Denílson, Jorge Preá e Thiago Cunha.

Na comissão técnica o Palmeiras ficou órfão do fisioterapeuta Nilton Petrone, braço-direito de Luxemburgo e um dos responsáveis pela modernização do departamento médico do clube no ano passado, que retornou para o Santos.

O temporada que deveria ser a de um Palmeiras já constituído e pronto para disputar títulos começa, até o momento, com seis caras novas a serem integradas ao elenco. Do sul do país, o clube trouxe os zagueiros Danilo, ex-Atlético-PR, e Maurício, do Coritiba, além do meia Cleiton Xavier, do Figueirense. Os meio-campistas Marquinhos e Willians vieram do Vitória. E para a vaga de Leandro a novidade será o colombiano Pablo Armero.

O atacante Keirrison é aguardado apenas para abril, quando termina seu contrato com o Coritiba. A Traffic, parceira dos paulistas, é dona de 80% dos direitos do atleta. Este, porém, ainda não confirmou o negócio.

O problema é que o Palmeiras corre o risco de começar 2010 tendo de remodelar novamente o time, uma vez que a maioria dos reforços veio por empréstimo de um ano. "Na busca pelo equilíbrio financeiro do clube os contratos são curtos. Se faço um muito longo, tenho de pagar mais por luvas, reajustes. É claro que corro o risco de, ao final da temporada, ter de fazer mais substituições. Mas isso não significa que o trabalho será prejudicado", afirmou Cecílio.

Com tantas mudanças de um ano para outro, Luxemburgo terá menos de um mês para formatar o novo Palmeiras.

A estreia no Paulista será no dia 21, diante do Santo André, em Ribeirão Preto. Depois, no dia 29, a equipe abre sua participação na Taça Libertadores da América contra os bolivianos do Real Potosí.

Em meio ao agitado início de temporada, o clube prepara-se para enfrentar eleições no dia 26, quando o atual presidente, Affonso della Monica, deixará o comando depois de quatro anos seguidos no cargo.

Como o atual grupo situacionista foi o responsável por trazer Luxemburgo de volta, o resultado nas urnas poderá ter interferência direta no futuro do comandante, cujo contrato acaba no final do ano. Ou seja, o 2009 organizado do Palmeiras, como queria o treinador, pode ainda nem ter começado.





Fonte: Folha de S.Paulo

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