Mato Grosso exporta energia e investe em novas alternativas
Mato Grosso passou de importador para exportador de energia. Essa mudança atendeu a principal reclamação dos industriais mato-grossenses. O Estado, investiu em fontes alternativas de energia, construiu hidrelétricas e atualmente vende 2.879.784 MWh. Isso deu independência para o setor industrial, que pôde receber grandes investimentos que geraram empregos e renda para as regiões onde foram instalados.
Em 2007, o Estado produziu 7.690.493 MWh e consumiu apenas 4.810.709 MWh. "O resto foi exportado", explica o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf. Ele destaca ainda que esta independência energética foi uma das principais alavancas para o desenvolvimento industrial do Estado. “Agora podemos buscar grandes investimentos sem nos preocuparmos com a energia", destaca.
O setor rural foi o que mais cresceu. Entre 2004 e 2008 houve um crescimento de 32% no consumo de energia elétrica. Nadaf atribui isso à chegada de centenas de agroindústrias. No entanto, também houve um crescimento de 22% no consumo de energia no setor industrial e mais 17,9% no setor comercial. "O único setor que apresentou queda no consumo de energia elétrica foi o poder público. A queda foi de 32%. Isso significa que a mudança de gestão provocou essa economia”, acrescenta o secretário.
Linhão
Em 2008 a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) licitou, em leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, com deságio médio de 7,15%, todos os sete lotes de linhas de transmissão e de subestações para implantação, operação e manutenção das instalações de transmissão que deverão integrar o Complexo Hidrelétrico do rio Madeira, em Rondônia, ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Linha de Transmissão do Madeira, o Linhão, será operado por meio de sociedade em dois consórcios, o Integração Norte Brasil - Eletronorte (24,5%), Eletrosul (24,5%), Abengoa (25,5%) e Andrade Gutierrez (25,5%) - e o Madeira Transmissão - Cteep (51%), Furnas (24,5%) e Chesf (24,5%). A estatal ficou com cinco trechos, incluindo os maiores, que ligam as cidades de Porto Velho (RO) e Araraquara (SP), com 2.375 km de extensão.
A participação das empresas controladas pela estatal Eletrobrás foi fundamental para o êxito do leilão que obteve o menor ágio desde 2001, quando as empresas do governo ainda não podiam participar do processo. As linhas de transmissão licitadas envolvem 2.375 quilômetros de extensão serão construídas em um prazo de 36 a 50 meses a partir da assinatura dos contratos de concessão e envolvem, na estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), investimentos de R$ 7,2 bilhões.
PCHs
Em questão de Pequenas Centrais Hidrelétricas o Estado também está muito bem servido. Ao todo são 38 PCHs gerando uma potência de 425.665 kW o que representa um aumento de 21,18% de energia em Mato Grosso. As usinas do tipo PCH estão localizadas nas cidades de Novo São Joaquim, Alto Araguaia e Santa Rita do Araguaia, Araputanga, Alto Paraguai, Lucas do Rio Verde, Campo Novo do Parecis, Nortelândia, Sorriso, Itiquira e Sonora, Aripuanã, Poxoréo e Primavera do Leste, Paranatinga, Guarantã do Norte, Torixoréo, Chapada dos Guimarães, Comodoro, Nova Lacerda, Indiavaí e Jauru, Jaciara, Sapezal, Juína, Santo Antônio de Leverger, Novo Mundo, Brasnorte, Campinápolis, Paranatinga, Pedra Preta e Rondonópolis.
GNV
Depois de 70 dias de negociação, o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás) conseguiu, depois de muita negociação reatar o contrato com a a Yacimentos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e reestabelecer o abastecimento de Gás Natural Veicular (GNV) em Mato Grosso. “Para manter o preço a R$ 1,42 no posto o Governo abriu mão de impostos e encargos e a Companhia reduziu a zero a margem de lucro. O nosso objetivo é atender e beneficiar a população”, ressalta Nadaf.
Comentários