Ataques israelenses em Gaza matam 155, segundo palestinos
Pelo menos 155 pessoas teriam morrido em um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza neste sábado, segundo fontes médicas palestinas e autoridades do grupo Hamas.
Os ataques, feitos com aviões F-16, tiveram como alvo prédios do governo e complexos de segurança.
Estes são os ataques mais intensos de Israel contra Gaza nos últimos tempos, e ocorrem após o fim de uma trégua entre o governo israelense e o Hamas, que controla a região.
Israel disse que estava respondendo aos ataques com foguetes lançados de Gaza contra seu território.
Alvos em Gaza
Em um comunicado, o Exército israelense disse que seu alvo foram “operadores de terror do Hamas”, assim como campos de treinamento e depósitos de armas.
Pelo menos 40 alvos teriam sido atacados.
Na Cisjordânia, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas – cujo grupo Fatah foi expulso da Faixa de Gaza pelo Hamas – condenou os ataques e pediu calma.
Mas o Hamas prometeu vingança e lançou foguetes Qassam contra Israel como uma reposta imediata.
Pelo menos um israelense foi morto na cidade de Netivot.
“O Hamas irá continuar sua resistência até a última gota de sangue”, disse o porta-voz do grupo Fawzi Barhoum.
Israel também se manteve firme, dizendo que as operações “irão continuar, serão expandidas e aprofundadas, se necessário”.
Fim da trégua
Inicialmente, a informação era de que 40 pessoas haviam morrido quando mísseis israelenses atingiram complexos de segurança em Gaza.
O número subiu rapidamente, com o Hamas e fontes médicas dizendo que 155 foram mortos e centenas ficaram feridos.
O Egito abriu sua fronteira com a Faixa de Gaza em Rafah para receber alguns dos feridos.
A maioria das vítimas estava na Cidade de Gaza, onde o principal complexo de segurança do Hamas foi destruído. O chefe de polícia da cidade estaria entre os mortos.
Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, Paul Wood, os ataques aéreos podem indicar a iminência de uma operação terrestre.
Autoridades de segurança de Israel vêm mencionando essa possibilidade há alguns dias, sugerindo que uma operação poderia ser lançada para combater os militantes palestinos que lançam foguetes contra o território israelense.
A expectativa, no entanto, era de que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, não autorizasse nenhuma operação até pelo menos domingo.
Uma trégua entre Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, expirou na semana passada.
O Hamas culpou Israel pelo fim da trégua, dizendo que o governo israelense não respeitou os termos do acordo, incluindo o fim do bloqueio econômico a Gaza.
Israel diz que inicialmente começou a aliviar o bloqueio, mas mudou de idéia quando o Hamas falhou em cumprir sua parte no acordo, como o fim dos ataques com foguetes contra o território israelense.
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