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Cidades/Geral
Terça - 23 de Dezembro de 2008 às 17:20
Por: Patrícia Sanches

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Todos os médicos da rede municipal de Confresa (a 1.165 km de Cuiabá) resolveram "cruzar os braços" e paralisaram 100% o atendimento, desrespeitando inclusive a legislação, que prevê atendimentos emergenciais. A greve começou no domingo (21) e prejudica outros 7 municípios da região do Araguaia. Os profissionais estão com salários atrasados, enfrentam falta de medicamentos e até mesmo material de limpeza no hospital municipal. Essas problemáticas motivaram os médicos a abandonarem o barco. Todos pediram demissão.

Segundo o médico-anestesista Raul Baren Filho, nenhum médico quer se responsabilizar pelos atendimentos deficitários do hospital. “De material de limpeza básico à material especifico para atendimentos cirúrgicos, tudo está deficitário. Muitas vezes os produtos têm que ser adquiridos pelos próprios pacientes nas farmácias do município", alerta o médico.

Raul afirma ainda que os pacientes de outras cidades já trazem uma espécie de kit com os produtos necessários para o atendimento. “Nós estamos trazendo produtos de limpeza de nossas casas. Tentamos evitar uma tragédia como uma infecção hospitalar generalizada". O médico alerta, porém, que os produtos comuns não são suficientes para a higenização do local.

Os médicos reclamam também do atraso salarial. A prefeitura descumpriu acordos que previam pagamentos nos dias 10 e 20 deste mês das parcelas em atraso. O prefeito de Confresa Mauro Sérgio Pereira (PT) se defende. Ele joga a culpa no governo do Estado. O petista diz que a situação é ruim em várias cidades e que se o governo Blairo Maggi não construir um hospital regional, o caos na saúde pública nunca será solucionado. O prefeito diplomado Gaspar Domingos Lazari (PPS), eleito com 4.592 votos válidos, assume em 1º de janeiro já com um grande "abacaxi para descascar".





Fonte: RD News

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