Polícias Civil e Federal vão apurar invasão de índios à Delegacia
A Polícia Civil também deve abrir um inquérito civil para apurar as responsabilidades dos ataques dos índios à Delegacia de Primavera do Leste, ocorrido no último sábado (20). Entre os crimes, estaria o furto de armas.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública deverá nomear nos próximos dias um delegado para presidir o inquérito sobre o ataque dos índios xavantes ao prédio da delegacia. Para o delegado regional Wladimir Faissal a Polícia Civil foi vítima de vários crimes cometidos pelos indígenas.
“O primeiro, que nota-se logo de chegada é o dano ao patrimônio público. Aquilo ali não resta dúvida. Eles quebraram todas as vidraças, os vidros de um carro, depredaram veículo, estragaram computadores, máquinas fotocopiadoras, roubaram armas, todas as figuras delitivas que aconteceu ali nós estamos apurando”, disse o delegado regional da Polícia Civil, Wladimir Faissal.
Os prejuízos da destruição de móveis e equipamentos, os estragos em uma das viaturas e nos veículos de servidores ainda não foram calculados. Mas um levantamento já está sendo providenciado.
“Quanto ao prejuízo financeiro, possivelmente isso deve ir para a procuradoria do estado”, disse o delegado.
Durante o confronto os índios levaram uma carabina, uma espingarda e um revólver. Agora a Funai será notificada para que as armas sejam devolvidas.
Por se tratar de índios, a Polícia Federal deverá abrir um inquérito e apurar as responsabilidades dos envolvidos.
“Vai ser verificado por intermédio de inquérito policial e o final que vai determinar a responsabilidade de quem e essas pessoas serão responsabilizadas por danos ao patrimônio público, corporal etc” , disse no dia do confronto o delegado da Polícia Federal, Paulo Repetto.
Cerca de 50 índios atacaram e destruíram a Delegacia de Primavera do Leste no último sábado. O grupo exigia a libertação de um índio que foi preso por suspeita de furto no interior de são Paulo. Eles levaram como refém o escrivão de polícia Leonardo Nydaie de Brito Almeida (26). Depois de horas de negociação a troca do servidor pelo índio foi feita em um posto de combustíveis desativado na BR-070, a 40 quilômetros da cidade, no sentido Barra do Garças.
O coordenador da Funai em área xavante, Edson Beiriz, disse que já foi comunicado sobre as armas que teriam sido levadas pelos índios. Ele informou que a Funai já está intermediando a devolução do armamento.
Comentários