Recessão continuará em 2009, diz OCDE
O secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), Ángel Gurría, afirmou que a recessão da economia se prolongará quase até o final do ano que vem e que um "retorno à normalidade" só deverá ocorrer em 2011.
Em declarações à emissora de rádio France Info, Gurría disse que a recessão vai continuar "pelo menos até a primeira metade de 2009 ou inclusive até o terceiro trimestre" e depois virá "um começo de crescimento positivo no final de 2009' que, no entanto, será fraco, para 'um retorno à normalidade em 2011".
Para sair o mais rápido possível da atual situação, ele aconselhou à União Européia (UE) que vá adiante nos planos de relançamento econômico apresentados nas últimas semanas, assim como os Estados Unidos e a China, e também recomendou um investimento nas tecnologias "verdes", que além dos efeitos ambientais têm um forte potencial econômico.
Gurría ressaltou à emissora francesa que o setor de construção será "fortemente afetado". Ele também afirmou que haverá problemas na atividade dos serviços e do turismo pelo efeito cascata da crise.
Em resumo, no ano que vem se chegará ao fundo do poço no atual período de crise econômica, com 20 a 25 milhões de novos desempregados no mundo, dos quais entre oito e dez milhões nos 30 países da própria OCDE.
O secretário-geral advertiu que nenhum estado ficará a salvo da crise, de modo que as exportações de alguns emergentes como China e Índia também serão afetadas.
Em seu último relatório de perspectivas econômicas, publicado em 25 de novembro, a OCDE afirmava que a economia de seus países-membros tinha entrado em recessão desde o terceiro trimestre deste ano, uma situação que se prolongará em 2009, com uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,4%.
A evolução deveria ser novamente positiva em 2010, com uma recuperação limitada a 1,5%, sempre de acordo com os números de novembro.
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