Negociação da safra por Contrato de Opção cresce mais de 200%
Balanço concluído nesta sexta-feira (19) pela Conab aponta crescimento de 238% na comercialização da safra agrícola por meio de Contratos Púbicos de Opção. Se no ano passado os agricultores utilizaram esses papéis para vender 850,70 mil toneladas de alimentos ao governo, em 2008 o número saltou para 2,04 milhões de toneladas.
Os dois setores que mais utilizaram os contratos públicos foram os de milho e trigo. Juntos eles negociaram 75.711 documentos de 27 de toneladas. Os triticultores venderam 753,68 mil de toneladas do cereal e os produtores de milho, 1,29 milhão de toneladas. Já em 2007, somente os rizicultores entregaram sua produção ao governo em troca de contratos. Foram 31.767 papéis.
Para o superintendente de Operações da Conab, João Paulo de Moraes, essas negociações ajudaram o produtor a enfrentar a instabilidade do mercado neste final de ano. “Nos três primeiros trimestres, o valor das commodities garantia renda ao produtor sem a intervenção do governo. Mas as cotações começaram a cair e tivemos que interferir para dar sustentação de preços para produtos como milho e trigo”, explica.
Vendas
Ao contrário das aquisições, a venda de estoques públicos diminuiu. Em 2008, o governo vendeu 954,37 mil toneladas de arroz, feijão, milho, café, castanha-de-caju e soja. O número representa uma queda de 35,51% em relação a 1,48 milhão de toneladas leiloadas na safra anterior.
O arroz foi o alimento mais negociado nos leilões da estatal. De cada dez quilos vendidos pelo governo neste ano, nove foram de arroz. A oferta do cereal representa uma novidade em relação ao ano passado, quando de cada dez quilos de grãos vendidos cerca de 8,5 foram de milho.
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