Micros e pequenas empresas de MT são as que mais usam internet
Uma pesquisa realizada pelo Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae-SP detectou que 91% das micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras usam celular, 75% possuem computador e 71% acessam a internet na gestão de suas atividades.
Nos últimos 10 anos, o percentual de MPEs com celular mais do que dobrou, saltando de 42%, em 1998, para 91%, em 2008, a proporção de uso de internet em 2008 (71%) ficou dez vezes maior que em 1998 (7%). O crescimento acelerado também foi observado no número de MPEs com acesso a computadores, que passou de 16% para 75%.
Embora o acesso a computadores seja grande, a informatização ainda ocorre de forma pontual e não integrada. Apenas 34% possuem software que permite o controle integrado de várias funções na empresa. Só 2% das empresas utilizam o computador para controlar financeiramente o negócio.
A metade dos empresários das 4 mil MPEs ouvidas pretende investir até R$ 4 mil na informatização de suas empresas até o fim do ano, sendo que 44% deve priorizar seus investimento em computadores e 33% em softwares.
O microcomputador é utilizado, principalmente, para acessar a internet (63% dos entrevistados) e para o controle do cadastro dos clientes (uso citado por 59% das empresas). A elaboração de cartas/documentos, o controle de estoques e a automação dos processos também são utilizações citadas pelas empresas (citadas respectivamente por 55%, 42% e 28%).
Um dado chamativo da pesquisa do Sebrae-SP é a liderança da região Centro-Oeste. Enquanto no Brasil, 75% das MPEs brasileiras têm computador, a região Centro-Oeste apresenta um número bem maior com 85% das MPEs dispondo do equipamento. Seguido pela região Sudeste e Norte, empatadas com 76%, Sul com 73% e Nordeste com 71%. O estado com maior proporção de computadores é o Mato Grosso com 89%, seguido de perto por Goiás, com 88%.
“A maioria das empresas ali criadas existe há bem menos tempo, tendo sido constituídas em um momento em que o acesso à equipamentos de informática se tornou mais fácil. Uma boa parte dessas empresas viveu o processo de informatização junto com o próprio processo de constituição”, explica Marco Aurélio Bedê, coordenador da pesquisa.
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