Lula rejeita flexibilizar regra trabalhista para evitar cortes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende encampar medidas de mudanças da legislação trabalhista por causa dos reflexos da crise econômica mundial sobre a produção e a geração de empregos no Brasil, segundo reportagem de Kennedy Alencar e Julianna Sofia na Folha.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse à Folha não ver a "menor possibilidade de o governo discutir a flexibilização das leis trabalhistas ou medidas de exceção".
Apesar da pressão de empresários para flexibilizar regra trabalhista, Lula está disposto a discutir o incentivo a acordos entre sindicatos fortes e grandes empresas para contornar as demissões. Nesse caso, dentro dos parâmetros da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), seriam negociadas alternativas.
Segundo a reportagem, líderes sindicais e representantes da indústria paulista chegaram a iniciar a negociação de um "acordo guarda-chuva" com alternativas aos cortes nos setores mais afetados pela crise.
O presidente, no entanto, pediu que as discussões fossem suspensas até janeiro, para não prejudicar a "campanha" pró-consumo para incentivar as compras de Natal. Além disso, Lula quer aguardar a resposta às medidas anunciadas pela equipe econômica até agora antes de buscar remédios mais amargos.
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