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Polícia Brasil
Quarta - 17 de Dezembro de 2008 às 06:50
Por: Silvana Ribas

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Estudante foi encontrada no banheiro do motel pela camareira; ex-namorado confessou e alegou "desentendimento no ato sexual"

Uma estudante de 17 anos foi estrangulada pelo ex-namorado no banheiro de um motel. O ciúme doentio pode ter sido o motivo do crime. Segundo familiares, a jovem já teria dito que ele avisou várias vezes que se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. Este é o 30º crime passional (movido pela paixão), registrado este ano na Grande Cuiabá. A estudante Clariane Jéssika Souza Cavalcante Pereira foi estrangulada pelo laminador José Ricardo Conceição dos Santos, 22. Ele foi preso horas depois do crime, no bairro São Gonçalo.

O assassinato aconteceu entre 21h e 22h25 de segunda-feira, em um motel na região do CPA. O acusado trancou a porta do quarto, levou o telefone do motel, as chaves e celular da vítima. O corpo foi localizado pela camareira. Ainda de manhã, antes de ser preso, José Ricardo telefonou para o pai da jovem, se mostrando sensibilizado com a morte dela.

A estudante havia concluído o 2º grau e prestou vestibular para Administração, na UFMT. Estava ansiosa, pois ontem viajaria para São Paulo, para conhecer os avós maternos. A prima Néia Pereira, 21, diz que Clariane terminou o namoro há duas semanas, pois estava sufocada com o ciúme doentio do namorado. Aguardava o resultado do vestibular e estava muito ansiosa com a viagem. O namoro com José Ricardo durou 1 ano e 8 meses, período marcado por vários rompimentos, justamente pelos ciúmes. Por causa do namorado, os únicos locais que Clariane frequentava, além da escola, era a lan house e o sítio da família.

Na noite de segunda-feira (15), José Ricardo foi até a casa da vítima lhe devolver algumas roupas que estavam com ele. Clariane teria saído em companhia do acusado, na moto Fan Preta, que foi reconhecida por funcionários do motel. Ela não retornou para casa.

O pai, Claro Pereira, 53, entrou em desespero pela falta de contato, o que não era normal. Ele a localizou pela manhã, no Instituto de Medicina Legal (IML). "A minha assinatura mais dolorosa tive que dar no IML, para reconhecer o corpo da minha única filha. Nunca pensei que isso fosse acontecer", desabafou o técnico administrativo da Seduc, que afirma que Clariane era um exemplo de menina.

Na delegacia, José Ricardo confessou o crime à delegada Sílvia Pauluzzi, e se disse arrependido. Negou que tivesse premeditado a morte, dizendo que aconteceu depois de um desentendimento no ato sexual. Foi levado ontem mesmo a Penitenciária Central de Cuiabá.





Fonte: A Gazeta

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