Crise já deixou 500 mil sem emprego em todo o mundo
Diante da crise, a ONU e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) decidiram montar um grupo de especialistas para formular uma estratégia para tentar frear essas demissões.
Entre os setores mais afetados está o de mineração, com 14 mil demitidos na Rio Tinto, 9 mil na ArcelorMittal, 1,3 mil na Vale e 5,5 mil na Lonmin. No setor de transporte e automóveis, os casos de demissões são cada vez mais constantes. Na Europa, a Renault já despediu 6 mil; a Ford, 2,2 mil; a Peugeot, 3,5 mil ; a Rolls-Royce, 2 mil e a Volvo, 4,3 mil.
Nem mesmo o Natal está salvando as empresas de tecnologia, acostumadas nos últimos anos a ver suas vendas explodirem nessa época do ano. A Hewlett-Packard anunciou já em setembro demissões de 24,6 mil pessoas. A Sony dispensou 16 mil.
A Irlanda foi um dos países que mais atraiu multinacionais do setor de tecnologia nos últimos anos e chegou a ser chamada de Tigre Celta, em uma analogia às taxas de crescimento dos tigres asiáticos nos anos 90. Mas um levantamento da Irish Management Institute concluiu que um terço das multinacionais instaladas no país vão promover demissões.
Bancos
Os grandes bancos também estão promovendo demissões em massa. Juntos, já fecharam mais de 200 mil postos de trabalho, o que pode ser agravado diante da fraude descoberta na semana passada em Wall Street com Bernard Madoff.
Só o Citibank demitiu 50 mil pessoas; o Bank of America, 35 mil e o alemão Commerzbank, 9 mil. Até meados de 2009, a Associação de Funcionários de Bancos Suíços estima que os cortes chegarão a 300 mil.
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