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Internacional
Segunda - 15 de Dezembro de 2008 às 16:43

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O jornalista iraquiano que jogou os sapatos contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recebeu uma homenagem por sua bravura de um grupo de caridade da Líbia comandado pela filha do líder do país, Muammar Gaddafi.

O grupo Wa Attassimou também pediu ao governo iraquiano que liberte o repórter de televisão Muntazer al-Zaidi, que foi detido no domingo por ter atirado os sapatos em Bush e o chamado de "cachorro" durante entrevista coletiva em Bagdá. Os dois atos são considerados insultos gravíssimos no Oriente Médio.

"O grupo Wa Atassimou decidiu dar a Muntazer al-Zaidi o prêmio de coragem... porque o que ele fez representa uma vitória para os direitos humanos em todo mundo", disse um comunicado do grupo, chefiado por Aicha Gaddafi.

A entidade acrescentou que as autoridades iraquianas deviam honrar o jornalista por sua atitude.

Zaidi, acusado pelo governo iraquiano de "um ato bárbaro e infame", será processado por insulto ao Estado iraquiano, disse Yasin Majeed, conselheiro de mídia do primeiro-ministro do país, Nuri al-Maliki, que estava na entrevista ao lado de Bush.

As televisões árabes e iraquianas repetiram várias vezes as imagens do incidente ocorrido no domingo, que foi considerado na região como um ato furioso contra o legado calamitoso de Bush no Oriente Médio.

Aicha, que é advogada de formação, se opôs à invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos, em 2003. Ela se ofereceu para defender Saddam Hussein depois que ele foi capturado.

Depois de anos de tensão entre a Líbia e os Estados Unidos, houve sinais recentes de melhora na relação entre os dois países.





Fonte: Reuters

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