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Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Sexta - 12 de Dezembro de 2008 às 13:38

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De Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra e Nova Maringá, traficantes atendiam PCC, numa conexão com 2 cartéis de narcotraficantes bolivianos

Fazendas em três municípios mato-grossenses (Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra e Nova Maringá) estavam sendo utilizadas para armazenar cocaína, numa conexão internacional. É o que revela a Polícia Federal, que deflagrou nesta sexta a Operação Aracne em sete Estados, sendo eles Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. Trata-se de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de cocaína.

Cerca de 400 policiais federais cumprem, em 29 municípios, 52 mandados de prisão preventiva e 73 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pelo juízo da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, em atendimento a uma solicitação da PF. A investigação começou em setembro do ano passado pela Delegacia da PF de Barra do Garças. Conseguiu "descortinar" um esquema voltado ao tráfico de pasta base de cocaína. Abastecia, inclusive, dois cartéis de narcotraficantes bolivianos. Eles utilizavam aeronaves para transporte da droga.

As fazendas em MT funcionavam como entrepostas de cocaína. Desses locais eram redistribuídas, com a utilização de caminhões, para cinco núcleos criminosos nos Estados que contavam com a colaboração de grande número de pessoas, organizadas com o propósito de traficar cocaína, desde sua aquisição, passando pelo transporte e redistribuição, e, finalmente, na comercialização final da droga.

A última fase da ação consistia nas operações popularmente conhecidas como lavagem de dinheiro, com uso de laranjas. Assim, dissimulavam a origem e a movimentação, dificultando o rastreio, pelos órgãos de fiscalização, dos lucros obtidos com a comercialização da cocaína. Alguns dos investigados praticavam evasão de divisas. Os nomes dos envolvidos na quadrilha não foram revelados, por enquanto.

A maior parte da substância entorpecente tinha como destinatário o Primeiro Comando da Capital, o PCC, facção criminosa que foi concebida em estabelecimentos prisionais do Estado de São Paulo e que, atualmente, opera em diversas unidades da Federação, sobretudo no tráfico de drogas e em assaltos a bancos, além de promover ações que, em última análise, podem ser definidas como atos típicos de terrorismo.

Os trabalhos investigativos resultaram na lavratura de 10 autos de prisão em flagrante delito e apreensão de aproximadamente 3 toneladas de pasta base de cocaína. As pessoas que estão sendo presas vão para o presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, após serem interrogadas.





Fonte: RD News

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