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Quinta - 11 de Dezembro de 2008 às 18:34
Por: Débora Siqueira

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Mato Grosso quer triplicar a produção de leite no Estado no período de seis anos. Hoje a produção diária do produto é de 1,669 milhões de litros deverá atingir 5 milhões de litros por dia em 2014, um acréscimo de 200%. Esta é uma das metas estipuladas no Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite, será lançado hoje às 17h30, durante o I Encontro Empresarial da Cadeia Produtiva do Leite, no Centro de Eventos da Acrimat.

A produção local de leite demonstra que ainda há muito mercado para ser explorado pelas indústrias. O secretário de Desenvolvimento Rural (Seder), Neldo Weirich, disse que aproximadamente 70% de todo leite produzido no Estado é transformado em queijo, cerca de 60% desta quantia se torna mussarela. O restante é embalado em saquinhos do tipo “barriga mole”, e outros derivados como iogurte e leite condensado. Apenas duas empresas produzem leite ultra processado (UHT), os de caixinha. “Falta organização da cadeia produtiva do leite para aumentar a produção e elevar a capacidade das indústrias”, destaca Weirich.

Cerca de 24 mil produtores fornecem leite para as indústrias do Estado. Mas como eles conseguem retirar das vacas apenas 70 litros/dia – valor abaixo do mínimo sugerido de 200 litros/dia para que a atividade tenha lucro – os 120 laticínios trabalham com apenas metade da capacidade.

No período das chuvas, onde a produção é maior em Mato Grosso, as indústrias beneficiam 1,67 milhões de litros por dia e na seca cai para 1,03 milhão. A capacidade de beneficiamento das indústrias é de 2,759 milhões dia. Outro ponto que o Programa Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite quer atingir é trazer as indústrias para a formalidade. Cerca de 49% delas atuam com irregularidade quanto ao serviço de inspeção sanitária, ambiental e fiscal.

O secretário Neldo Weirich explica que a Seder vai doar 20 mil doses de sêmen de gado holandês aos produtores de leite para melhorar a qualidade do rebanho. Os bezerros frutos do cruzamento serão doados aos demais pequenos produtores de leite da agricultura familiar para que eles possam ter mais qualidade no plantel.

BALDE CHEIO – O superintendente de Comunicação e Negócios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Marco Aurélio Bergamaschi também lançará o programa Balde Cheio durante o evento. As propriedades criadoras de gado leiteiro vão passar por investimentos em melhorias em infra-estrutura para aumentar a qualidade do leite produzido. Os currais serão melhorados, haverá correção do solo, instalação de tanques de expansão, dentre outras mudanças. Os recursos utilizados são do convênio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com a Embrapa. “O programa já foi implantado em dois estados. É uma nova forma de olhar a propriedade como um todo”, avalia.





Fonte: Seder

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