Licença paternidade gera polêmica entre pais e empresas
Um projeto de lei já aprovado na câmara federal gera polêmica. Ele prevê que maridos e companheiros de mulheres grávidas passam a ter estabilidade provisória no emprego e ainda 15 dias de licença, após o nascimento do filho. O setor da indústria é contrário ao benefício. O projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e segue agora para apreciação do Senado.
Mas enquanto os pais comemoram a aprovação da lei, os patrões querem impedir que a medida entrem em vigor. De acordo com eles, o projeto pode trazer reflexos negativos para os etor empresarial.
O ajudante de cozinha, Jessé Dias de Jesus (24) vai ser pai pela segunda vez e comemora a nova lei. "O que eu não pude fazer na primeira gestação de minha esposa poderei fazer agora. Darei toda a ajuda e atenção nesta gestação durate os 15 dias que teremos de licença".
A esposa e futura mãe, Ana Cláudia revela que esta lei irá ajudar também as mães. "É importante ter alguém para nos ajudar durante a gestação e inclusive depois", disse Ana.
Nova lei atrasa a economia
Para o vice-presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Alexandre Furlan, a Câmara Federal não estudou as conseqüências que a lei pode trazer para a economia do país. "Para ficar 15 dias sem um funcionário será necessário uma substituição. Acreditamos, que neste momento de crise atual, é inoportuno o momento para se aprovar uma medida que em um determinado momento pode ter um caráter social relevante, mas do ponto de vista econômico e prático das empresas, ele é de fato prejudicial". enfatizou Alexandre.
Nova lei estimulam trabalhadores
Já o representante do sindicato dos trabalhadores da indústria metalúrgica, Manoel de Souza revela que benefícios como este estimulam a produtividade do empregado. "Quando o empregador investe no psicológico social dos colaboradores ele está, com certeza, obtendo uma melhora de resultados na produção. Por isso nós temos que dar incentivo, pois daqui a pouco, em vez das mulheres ter a preocupação para ter um filho que venha no futuro trazer tranqüilidade para o próprio empregador no mercado de trabalho, nós vamos ter um caos, porque a juventude está envelhecendo muito mais rápido do que os jovens para entrar no mercado de trabalho", defendeu Manoel.
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