Empaer participa do desenvolvimento da fruticultura no Estado
Durante o Workshop “Plano de Ação para o Desenvolvimento da Fruticultura, Floricultura e Indústria do Estado de Mato Grosso”, o presidente da Associação de Fruticultura do Estado, Duílio Maiolino Filho, fez um breve histórico da evolução da fruticultura e ressaltou o trabalho dos pesquisadores e técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) realizam ao longo dos 44 anos. Ele lembrou que o extensionista é o grande responsável pelo desenvolvimento das culturas como a soja, algodão e outras.
O evento começou ontem (04.12) e com encerramento nesta sexta-feira, conta com a participação do presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel Olinda, produtores, empresários, técnicos e pesquisadores. O trabalho de incentivo a fruticultura na região vem sendo executado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Empaer, MT Regional atendendo as demandas das cadeias produtivas da região, definidas pelos municípios pertencentes aos Consórcios Intermunicipais.
O diretor de pesquisa da Empaer, Antonimar Marinho dos Santos, fala que a empresa possui 10 programas de pesquisa, 48 projetos com 182 experimentos e 99 unidades de validação distribuídos em 43 municípios do Estado. Marinho comenta que a partir de março de 2009, a empresa estará comercializando mudas de banana resistentes a Sigatoka negra e ao Mal do Panamá. O laboratório da empresa, localizado em Várzea Grande, estará produzindo mudas das variedades de banana maçã, nanica e farta velhaco. Também outras espécies, tais como; mudas de plantas medicinais, flores, frutas do cerrado e outras.
As mudas estão sendo produzidas in vitro e serão comercializadas em dois tamanhos diferentes, mudas do tipo campo, medindo de 20 a 30 centímetros de altura e mudas do tipo estufa, com aproximadamente 10 centímetros de altura, que serão enviadas para municípios distantes e até outros Estados. O produtor que adquirir mudas da empresa receberá o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) com a garantia da qualidade da planta.
No município de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte de Cuiabá), está sendo considerado um dos pólos importantes na produção das culturas de abacaxi e maracujá. O ponto positivo na região é a existência de uma indústria de polpa concentrada com capacidade para produzir 100 toneladas de polpa por dia.
O pesquisador ressalta que estão utilizando para cultura do maracujá material genético novo, com aptidão para consumo in natura e excelente para indústria devido à produção de polpa. A variedade escolhida foi a IAC-275 e IAC-277. Para a cultura do abacaxi as variedades Pérola e Jupi são as adaptadas no Estado. “A cultura do maracujá vai se tornar uma segunda opção de renda para o pequeno produtor do Médio Norte. A colheita do maracujá acontece duas vezes por ano e é considerada uma fruta nobre com valor superior as demais frutas”, enfatiza.
No município de Rosário Oeste (128 km ao Norte), está sendo instalado uma indústria para beneficiar a castanha de caju e produzir doces desidratados. Mais de 200 produtores aderiram ao Projeto de Revitalização da Cultura do Caju na Baixada Cuiabana. E a cultura da manga que já possui variedades definidas para a estação tardia e precoce.
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