Acusado de estupro e morte de jovem em Tangará é condenado a 30 anos de prisão

Depois de mais de 40 horas de julgamento, foi condenado a 30 anos de prisão Alessandro Alves Viana (25), o terceiro acusado de envolvimento no assassinato da estudante Flávia Oliveira da Silva, de 19 anos. O crime foi há cinco anos em Tangará da Serra (238 quilômetros de Cuiabá).

O veredito foi dado por volta das 4h. Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, estupro e atentado violento ao pudor. Foram quatro votos a três. Pelos três crimes, Alessandro foi condenado a 30 anos de prisão. O julgamento foi realizado no plenário da Câmara Municipal de Tangará da Serra.

A defesa disse que vai recorrer da decisão do juiz. O pedido será analisado e se aprovado um novo julgamento deve ser marcado. “Cabe apelação e vamos apelar. Tentar anular o júri”, disse o advogado de defesa, Jorge Luiz Siqueira Farias. Enquanto isso, Alessandro continua preso.

Assassinato

Em outubro de 2003, o corpo da estudante foi encontrado em um terreno no centro da cidade. Ela teria sido estuprada e asfixiada. Quinze testemunhas prestaram depoimento no processo.

Depois de cinco anos, Dona Terezinha Maria Oliveira, mãe da vítima Flávia, ainda espera por Justiça. “Fizeram tudo isso e eles que paguem por isso. Minha filha não vai voltar mais. Eu queria tanto que ela voltasse, mas isso é impossível”, disse.

No final da noite de ontem, durante declaração da defesa, a mãe de Flávia passou mal e teve que ser socorrido por uma ambulância do Samu.

Outros acusados

Além de Alessandro Alves Viana, que está sendo julgado hoje, outras duas pessoas foram indiciadas pelo crime. Ademir Domingos Martins foi condenado a 22 anos de prisão em regime semi-aberto e José Henrique Alves deve cumprir pena de 33 anos de detenção em regime fechado.