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Polícia Brasil
Quarta - 03 de Dezembro de 2008 às 09:52

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Uma ação da Polícia Federal (PF) tenta criar obstáculos para as ações criminosas na região de fronteira com a Bolívia. Desde ontem estão sendo destruídas estradas clandestinas, chamadas de 'cabriteiras', que são rota de passagem para o crime. Por elas entram drogas no Brasil e saem veículos roubados para o país vizinho.

Os agentes federais fizeram uma viagem na fronteira do Brasil com a Bolívia, terrítório dominado pelo tráfico. Percorreram também a BR-070, conhecida como a rodovia da Integração. Em seguida ingressaram em estradas de terra usadas pelos criminosos para o transporte da pasta e cocaína produzida na Bolívia.

As estradas não existem em nenhum mapa e nos últimos anos se transformaram em passagem do crime, onde passam drogas vindas da Bolívia. Do Brasil, saem os carros roubados. A PF colocou uma faixa no meio da estrada de terra para marcar a divisa entre os dois países.

Segundo o diretor geral da Polícia Federal, Luis Fernando Corrêa, os fazendeiros não tiveram condições de impedir a utilização da estrada. "Por isso nós estamos adotando essa medida e notificando aos proprietários que obstruam o trânsito com cercas e plantações, de maneira que ela não seja mais um ponto de ingresso do território brasileiro", disse Luis.

Explosivos

Par destruir a estrada do tráfico, a Polícia Federal mapeou os principais pontos e instalou explosivos. Em menos de quatro minutos ela foi detonada e logo a estrada virou uma cratera de quase dois metros de profundidade para bloquear a rota do tráfico. Segundo a Polícia Federal, mais de 50% da cocaína apreendida este ano no Brasil veio da Bolívia. No total foram 18 toneladas apreendidas em todo o país.

O diretor de Combate ao Crime Organizado, Roberto Troncon Filho, revela que o produto proveniente da Bolívia normalmente tem uma qualidade inferior. "Com isso a droga não é destinada regularmente para os mercados europeus ou norte-americanos, que exige uma droga de mais alta qualidade. Por isso a droga fica destinada, principalmente, ao consumo no Brasil, nas regiões sul, sudeste e centro-oeste", revelou o diretor.





Fonte: TVCA

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