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"Ficou comprovado que futebol e política não se misturam", diz Parreira
Ricardo Matsukawa / Terra
Para Parreira, as manifestações não vão interferir no apoio à Seleção Brasileira
O apoio irrestrito dos torcedores na Arena Castelão na partida diante do México, na tarde desta quarta-feira, continuou sendo assunto na entrevista concedida pelo coordenador técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, nesta quinta. De acordo com o membro da comissão técnica, o empenho da torcida cantando o hino nacional mostrou que as manifestações fora do estádio e espalhadas pelo Brasil, com reclamações como os gastos da Copa do Mundo, não irão interferir no carinho da torcida com a equipe verde e amarela.
"Esse assunto ficou comprovado de uma forma inequívoca ontem. Futebol e politica não se misturam. Muitos disseram que os torcedores iam dar as costas, iam vaiar o hino e foi tudo o contrário. Foi uma participação emocionante, todo mundo cantando, vibrando, que emocionou de uma forma impressionante os jogadores. A função dos jogadores é ganhar os jogos e dar alegria aos torcedores brasileiros".
O coordenador técnico confirmou o que já foi dito pelo técnico Luiz Felipe Scolari sobre a manifestação dos jogadores a respeito dos protestos pelo Brasil. De acordo com Parreira, a comissão técnica não proíbe os atletas de falarem o que pensam a respeito dos protestos. Nos últimos dias, alguns jogadores como David Luiz, Hulk e Daniel Alves se mostraram favoráveis a atitude popular de exigir melhorias em temas como saúde, educação e segurança no País.
"A comissão técnica não impede que ninguém se manifeste, como o Felipão já disse ontem, desde que seja de forma pessoal. Não pode confundir Seleção Brasileira com as manifestações. Esse escudo da CBF conquistou respeito no mundo todo. Tem que manter essa camisa íntegra, afastada de qualquer questão que não seja a técnica".
Apesar do apoio irrestrito à Seleção durante a partida, muitos torcedores arranjaram sua forma de protestar dentro do estádio levando faixas. Em muitas delas, eles mostravam que a crítica não era contra a Seleção Brasileira, e sim contra a corrupção e contra os gastos para a construção dos estádios que recebem a Copa das Confederações.
Fonte:
Terra
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