Pai que mantia filho refém em Tangará se entrega à polícia
O homem que mantia seu filho refém, em Tangará da Serra, se entregou a polícia. Mercielton Nonato se entregou e libertou a criança depois de mais de cinco horas de tensão. Ele foi denunciado por ameças, pela sua mãe, Márcia Meirelles, e para não ser preso fez o próprio filho refém ameaçando ele com uma faca.
A negociação mobilizou cerca de 20 homens das Polícias Civil e Militar. Uma viatura do Grupo de Operações Especiais (GOE) viajou de Cuiabá a Tangará da Serra para ajudar a contornar o problema. "Quando chegamos aqui, já estava estabelecido um elo de confiança entre Marcielton e a equipe de negociação. Depois de alguns acertos técnicos, nós conseguimos um desfecho junto com a equipe", disse Marcos Veloso, chefe do GOE.
Mercielton Nonato manteve o próprio filho em cárcere privado no depósito de um bar localizado no centro de Tangará da Serra (242 km de Cuiabá). Ele ameaçava matar a criança com uma faca. "Ele estava com uma faca, e ameaçava ferir o filho a qualquer momento", disse Thadeu Firme, Major da Polícia Militar.
Segundo a polícia, Marcielton estava sob o efeito de bebidas alcóolicas, e tiveram que esperar que ele se acalmasse para chegarem a um acordo. "Garantimos que nada de mal iria acontecer com ele, que sua integridade física seria preservada. Assim que o efeito do alcóol passou ele resolveu se entregar ", informou o delegado Márcio Moreno.
Segundo a polícia, Mercielton será indiciado por pelo menos três crimes diferentes. Assim que foi liberada, a criança recebeu atendimento médico e não apresentou nenhum ferimento. O conselho tutelar foi acionado e ainda vai decidir para quem será destinada a guarda provisória da criança."A criança será encaminhada para os familiares e aos cuidados do Conselho Tutelar, que definirá a guarda provisória", falou o delegado Edmar Farias Filho.
O Conselho Tutelar afirmou que vai fazer um laudo sobre as condições de vida da avó da criança e avaliar se essa é a melhor pessoa para ter a guarda provisória. Segundo os médicos, o menino foi encaminhado para o Centro de Apoio Psico-Social (CAPS), onde receberá auxílio de psicólogos e assistente sociais.
Comentários