Falsificadores brasileiros são presos na Espanha
A quadrilha atuava em Valência, Barcelona e Albacete oferecendo documentação a imigrantes brasileiros ilegais. Eles vendiam documentos de identidade, licenças de residência e trabalho, carteiras de motorista e contratos de trabalho portugueses, italianos e espanhóis, por 600 euros (aproximadamente R$ 1,8 mil) cada documento.
Com esta detenção, já são nove as quadrilhas brasileiras de falsificadores encontradas na Espanha em um ano.
Proliferação
Nas estatísticas do Ministério do Interior espanhol, os brasileiros já se tornaram - ao lado dos nigerianos - a nacionalidade com maior número de crimes de falsificação de documentos no país.
Segundo a polícia, as redes de falsificação brasileiras estão proliferando há pelo menos três anos. A cada semana, elas vendem em média 60 documentos falsos a imigrantes ilegais.
A maior detenção até agora foi de uma quadrilha de 84 falsificadores, pega em agosto de 2008. O grupo chegou a faturar em torno de 2 milhões de euros (cerca de R$ 6 milhões) por ano.
Jóias
Segundo a polícia, as investigações da operação que culminou com as prisões nesta terça-feira começaram há três meses, depois que um brasileiro foi pego em uma blitz na rua em Valência.
Ele levava na mochila cinco documentos portugueses de licença de residência para estrangeiros e uma carteira de motorista também falsa.
Os detetives da Unidade Central contra as Redes de Imigração e Falsificação de Documentos descobriram a quadrilha, chefiada por dois homens e uma mulher brasileiros que atuaria na Espanha há pelo menos um ano.
As falsificações eram feitas na cidade de Santa Coloma de Gramanet, na periferia de Barcelona. Em dois laboratórios havia quatro computadores, três impressoras de alta definição e uma réplica de carimbos da polícia portuguesa que impressionou os detetives espanhóis.
Foram apreendidos ainda jóias, celulares e 1.240 euros em cédulas de 50 euros, além de cerca de 400 documentos falsificados.
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