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Falta de dinheiro reduz atendimento
Metade dos serviços prestados pelo Hospital Metropolitano de Várzea Grande foi suspensa devido ao atraso salarial dos funcionários. Os médicos que atuam no local receberam a informação do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) de que o problema foi gerado pela falta de repasses por parte do governo do Estado. A dívida seria de R$ 6 milhões.
O Ipas é uma Organização Social de Saúde (OSS) que gere a unidade e segundo a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Elza Queiroz, a entidade recebe reclamações quase que diariamente. Além dos atrasos salariais, a categoria se mostra indignada com a forma com que os contratos são feitos.
“A contratação não é feita diretamente com o governo do Estado, nem com a OSS, é na maioria das vezes terceirizada, quarteirizada e até quinterizada”, relata.
Conforme o sindicato, não há vínculos empregatícios com os médicos, o que deixa a maioria dos profissionais insegura. Eles chegam a denunciar o caso, mas pedem sigilo por medo de sofrerem retaliações. Os médicos afirmam que os salários sempre estão atrasados. Porém, agora, a folha está com três meses de atraso.
A presidente do sindicato explica que leitos do Metropolitano ficam disponíveis enquanto todos os outros hospitais públicos da região sofrem com a superlotação. Elza Queiroz assegura que o hospital não cumpre com as metas estabelecidas no contrato, no entanto tem dificuldade de oferecer dados precisos porque as fontes oficiais se recusam a dar informações.
Também há suspeita de que o hospital seleciona os procedimentos com maior rentabilidade e deixa de realizar os mais onerosos, para assim, aumentar o lucro.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Assessoria de Imprensa, negou que a dívida tenha o valor mencionado (R$ 6 milhões) e assegurou que os repasses tem sido feitos normalmente.
De acordo com a SES, o órgão já se reuniu com os profissionais do Metropolitano e marcou uma nova reunião para dialogar com os gestores para resolver a questão.
A equipe do DIÁRIO procurou a diretoria do hospital, porém ela não foi encontrada para prestar esclarecimentos. (GN)
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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