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Cidades/Geral
Segunda - 24 de Novembro de 2008 às 11:36

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A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso deve entrar hoje com uma ação na justiça para tentar impedir a apreensão de máquinas agrícolas. Os agricultores reclamam que as medidas anunciadas pelo governo para aliviar a falta de crédito no campo são insuficientes.

"O ministro da Agricultura afirmou que o governo não vai mais ajudar os produtores ruais que não pagam os empréstimos tomados para realização de investimento", disse o presidente do sindicato rural de Rondonópolis, Ricardo Tomzyck, se referindo às medidas anunciadas pelo governo federal. Ele alega que é inútil, uma vez que os produtores que estão devendo não têm mais garantias para oferecer aos bancos.

"Dificilmente o produtor terá acesso a esses recursos. O produtor não tem crédito para o custeio e menos ainda para uma nova linha de refinanciamento das parcelas do individamento", disse Ricardo. "Provavelmente, os bancos exigirão reforços e garantias adicionais, e isso, de maneira geral, o produtor não tem para oferecer", completou.

Em um levantamento feito pela Associação dos Produtores de Soja em Mato Grosso foi constatado que mais da metade dos agricultores estão com parcelas de financiamentos em atraso. "O Aprosoja tentou consultar a maioria dos agricultores. Esse levantamento indicou uma inadimplência de 70% dos contratos de Finep que vencem em 2008", afirmou o conselheiro fiscal do Aprosoja, Carlos Augustinho.

Os produtores estão receosos com a retirada forçada das máquinas em pleno plantio da safra de soja. Segundo o sindicato rural de Rondonópolis, ainda hoje deverá ser protocolada uma medida judicial de caráter coletivo. A medida busca, no poder judiciário, uma tutela para que estas máquinas não sejam apreendidas ao menos até o fim da colheita, para não prejudicar a safra.





Fonte: TVCA

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