Mensalidade escolar fica 10% mais cara em MT
As mensalidades na rede de ensino particular de Mato Grosso para o ano que vem devem ficar de 7% a 10% mais caras. Pelo menos este é o percentual médio apurado até agora pelo Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinep).
O presidente da entidade, Gelson Menegati, lembra que não cadastrou ainda todos os estabelecimentos, mas os que já informaram seus valores até agora apresentam essa variação. Menegati explica que não existe um percentual que possa ser previsto ou esperado nesses casos porque a composição dos preços inclui diversos fatores e varia muito de escola para escola. Entre os componentes da planilha de preço estão, principalmente, salários dos professores e funcionários, impostos e inadimplência. Isso mesmo, a falta de pagamento de alguns pais deve ser levada em consideração, porque isso desestabiliza a situação financeira da escola ou faculdade.
Hoje, em Mato Grosso, o índice de inadimplência, segundo o Sinep, está em torno de 20%, um patamar ainda alto. Para tentar resolver essa situação o segmento criou, em nível nacional, o Cadastro de Inadimplentes, uma espécie de Serviço de Proteção ao Crédito. O presidente do Sinep explica que com o cadastro, as escolas podem consultar os nomes dos pais ou responsáveis que não vêm cumprindo com suas obrigações nas mensalidades e assim evitar que eles fiquem mudando de um estabelecimento para outro sem quitar seus débitos. Menegati não soube dizer, no entanto, quantas escolas ou faculdades de Mato Grosso já se associaram a esse cadastro.
Em relação ao reajuste das mensalidades, o presidente do Sinep lembra que os estabelecimentos de ensino são livres para fixar seus percentuais, conforme suas despesas. Ele frisa ainda que há escolas em que a mensalidade aumentará menos de 7% e outras que sequer vão fazer reajuste de valores. Ao todo, Mato Grosso tem 450 unidades, entre escolas de ensino fundamental, médio e superior, idiomas e outros cursos.
O Centro Universitário Univag é um dos estabelecimentos de ensino que cogitam a possibilidade de não reajustar as mensalidades para o ano que vem. A decisão foi colocada em uma reunião, na semana passada, e deve ser referendada até o fim deste mês. Conforme o gerente financeiro do Univag, Celso Souza de Oliveira, é muito provável que sejam mantidas as mesmas mensalidades praticadas este ano.
Ele pondera que os alunos reclamam muito dos preços e o mercado nessa área está cada dia mais competitivo. Esses seriam alguns dos motivos para o não reajuste. Oliveira confirma que os maiores pesos na composição da mensalidade são a inadimplência e a folha de pagamento. Ele não revela, porém, o índice de inadimplência dentro do Univag.
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