Pesquisa mostra ainda que 77% dos que tiveram relações sexuais usaram preservativo e 27% dirigiram carro, mesmo sem ter habilitação
Mais de 20% dos adolescente cuiabanos já ficaram embriagados

Uma pesquisa divulgada ontem pelo IBGE aponta que boa parte dos estudantes cuiabanos que estão concluindo o ensino fundamental, adolescentes com idade entre 13 e 15 anos, consumiu bebidas alcoólicas e teve algum episódio de embriaguez. 

 

Em Cuiabá, 20,1% dos alunos entrevistados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), aplicada no segundo semestre de 2012, disseram que já beberam a ponto de ficar embriagados. 

 

A diferença por sexo, masculino e feminino, não chega a um ponto percentual. Enquanto 19,6% dos meninos entrevistos já consumiram álcool, 18.4% das meninas confirmaram ter passado pela mesma experiência. No Brasil, a presença do álcool na vida dos escolares atingiu a média de 21,8%. 

 

Também é alto o percentual de estudantes, dessa mesma faixa etária, que tiveram problemas com a família ou amigos, perderam aulas ou brigaram, uma ou mais vezes, porque tinham consumido bebida alcoólica. Enquanto no geral nacional 11,1% responderam sim a esse questionamento, em Cuiabá o problema atingiu 12,9% dos entrevistados. 

 

A pesquisa apontou, também, que o início da vida sexual é precoce, mas que a maioria recebeu orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis (Aids e outras) e gravidez. Aqui, 32% dos que foram abordados pela pesquisa disseram que já haviam tido relação sexual, enquanto o índice nacional foi de 28,7. 

 

Em Cuiabá, mesmo respondendo que receberam orientação, o percentual dos que usaram preservativo é inferior a média nacional. Enquanto no país 89,1% estavam protegidos durante o ato, na Capital a porcentagem é de 77,4%. 

 

Outro dado que chama a atenção é o índice de adolescentes com menos de 18 anos, portanto não habilitados, que confessaram terem dirigido carro nos 30 dias anteriores à pesquisa. 27% dos entrevistados responderam que já dirigiram veículo motorizado. Outros 31% revelaram que saíram em carros conduzidos por motoristas que haviam consumido álcool. 

 

Sobre drogas ilícitas, 7% confessaram o consumo de substâncias como maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume ou ecstasy. 

 

Aqui, o bullying aparece com uma pequena elevação em relação ao índice médio, que foi de 20.8%. Conforme a PeNSE(IBGE), 21,7% dos estudantes cuiabanos disseram que nos 30 dias que antecederam a pesquisa haviam passado por situações que os deixaram humilhado ou ofendidos.