Familiares de ganhador da Mega-Sena assassinado depõem em Limeira (SP)
Os familiares de Altair Aparecido dos Santos, 43, ganhador de um prêmio da Mega-Sena, assassinado no último domingo (16), prestam depoimento à Polícia Civil de Limeira (151 km de São Paulo) na tarde desta terça-feira.
De acordo com a Polícia Civil, a viúva, Maria Izabel Cano, 40, os pais da vítima e um cunhado de Santos chegaram à DIG (Delegacia de Investigações Gerais) por volta das 14h30 acompanhados por um advogado, e não quiseram dar entrevistas à imprensa.
Segundo o investigador Gildo Antônio Fernando Ciola, nesta quarta-feira (19), a Polícia Civil deve ouvir o depoimento de uma testemunha que estava em um imóvel próximo ao local do crime. De acordo com Ciola, a testemunha ouviu um disparo por volta das 21h, foi até o local e encontrou a vítima ferida.
A testemunha que deve ser ouvida amanhã chegou a levar o ganhador do prêmio para um hospital local, segundo o investigador.
Crime
Santos foi baleado no peito no condomínio Portal das Flores, no último domingo, no momento em que apagava as luzes do imóvel, após um churrasco. O disparo foi ouvido pela mulher dele.
A vítima chegou a ser encaminhada para a Santa Casa de Limeira, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A viúva de Santos afirmou, de acordo com boletim de ocorrência, que o marido havia recebido ameaças de Dogival Bezerra de Oliveira, 51, conhecido como Chaveiro. Ele foi um dos apostadores que ficou de fora o bolão que rendeu o prêmio de R$ 16 milhões em 2007. Outras 13 pessoas entraram no bolão e os 14 dividiram o prêmio de R$ 16 milhões. O grupo se reunia em um bar e costumava apostar semanalmente. Cada um apostou R$ 5.
Na época, os dois amigos que ficaram de fora do bolão entraram na Justiça na tentativa de receber parte do prêmio. Em meio à disputa judicial, o grupo de ganhadores concordou em pagar uma parcela menor aos dois que ficaram fora.
Oliveira prestou depoimento nesta segunda-feira (17) e negou envolvimento com o crime e disse que "jamais mataria alguém". Aos policiais ele disse que na noite do crime havia saído com a mulher e com a neta para comer um lanche.
Rio
Este não é o primeiro ganhador da Mega-Sena assassinado. Em 7 de janeiro do ano passado, o ganhador da Mega-Sena Renné Senna foi assassinado em um bar no município de Rio Bonito, no Rio.
Decisão publicada pela Justiça no começo deste mês desbloqueou os bens do ganhador e determinou que a filha dele, Renata Senna, terá direito aos bens, que somam cerca de R$ 11 milhões.
A viúva de Renné Senna, Adriana Almeida, é acusada de ser a mandante do assassinato do milionário. Ela chegou a ser presa e foi libertada por habeas corpus em junho deste ano enquanto aguarda o julgamento, que será feito por Tribunal do Júri.
Segundo o investigador do DIG, a Polícia Civil investiga se o assassinato de Santos está relacionado ao prêmio do concurso, mas ainda não é possível comprovar a ligação.
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